PUBLICIDADE

Bush oferece ajuda ao Líbano contra o Hezbollah

É preciso garantir resposta militar eficaz do governo, diz presidente dos EUA.

Por Da BBC Brasil
Atualização:

O presidente americano, George W. Bush, afirmou que os Estados Unidos estão prontos para ajudar o governo libanês a fortalecer suas forças armadas para retomar do Hezbollah o controle do país. Em uma entrevista ao canal árabe da BBC, Bush afirmou que o Hezbollah recebe o apoio do Irã e é preciso desarmar este movimento, chamando o grupo de "força desestabilizadora" no Líbano. "Não vejo como pode existir uma sociedade com o Hezbollah armado deste jeito. A qualquer momento, quando eles querem, eles agem. Neste caso, eles agiram contra o povo libanês (...) e isso deve enviar uma mensagem a todos de que eles são uma força desestabilizadora." "O primeiro passo (contra o Hezbollah) é, claro, garantir que o governo (do primeiro-ministro Fuad) Siniora tenha a capacidade de responder com força militar eficaz", afirmou Bush. Para Bush o Hezbollah não seria nada sem a ajuda dos governos do Irã e da Síria. O Líbano passa pelo pior momento de violência sectária desde o fim da guerra civil, nos anos 90. Na semana passada, militantes do Hezbollah entraram em choque contra forças pró-governo em Beirute. No sábado, o Exército libanês revogou duas medidas contra o Hezbollah que geraram a onda de violência que culminou com a tomada de poder de todo o oeste da capital pelo grupo xiita. Combates em Trípoli Intensos combates eclodiram de novo nas ruas da cidade de Trípoli, no norte do Líbano, entre governistas e opositores, segundo autoridades. Os combates no norte se seguem a uma noite de intensa violência em redutos drusos nas montanhas perto de Beirute. Durante a noite, pelo menos 13 pessoas foram mortas em confrontos entre integrantes do Hezbollah e militantes do Partido Socialista Progressista (PSP), liderado pelo druso governista Walid Jumblatt. A situação se acalmou nas montanhas de Chouf pela manhã da segunda-feira, depois que o Exército libanês enviou um grande contingente de tropas para a região, ao sudeste da capital Beirute. A onda de violência, que já dura seis dias, deixou ao menos 60 mortos e 164 feridos. Estado palestino Bush deu a entrevista ao canal de televisão árabe da BBC dias antes de sua visita à Israel, nesta quarta-feira. O presidente americano vai participar da comemoração dos 60 anos do Estado israelense. Na entrevista Bush também reiterou seu apoio para a criação de um Estado palestino. "Devem existir algumas obrigações para com o plano de paz para a região. Todos compreendem que o primeiro passo é a descrição (do Estado palestino), e o Estado não pode parecer um queijo suíço, é preciso que existam territórios contínuos, com fronteiras definidas e a questão dos refugiados concluída também", afirmou. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.