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Comissões de SP aprovam reajuste de 6,5% a delegados

Sindicato continua insatisfeito e informa que greve vai continuar; projeto deve passar por plenário

Por Carolina Ruhman
Atualização:

As comissões de Segurança Pública e de Finanças e Orçamento da Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovaram nesta terça-feira, 4, em reunião conjunta, o relatório sobre o projeto de lei que prevê um reajuste de 6,5% para delegados da Polícia Civil. Foram 12 votos a favor do parecer do deputado Roberto Engler (PSDB), quatro contrários e uma abstenção. O projeto deve ser agora levado para votação em plenário. Veja também: Policiais civis criam 'hino da greve' em São Paulo Serra vai agüentar greve de até 720 dias, ameaçam policiais Entrevista exclusiva com José Serra  Galeria de fotos do conflito no Morumbi Civis e militares entram em confronto; assista Todas as notícias sobre a greve Por se tratar de um projeto de lei encaminhado com urgência pelo governador José Serra (PSDB), existe a possibilidade de a Assembléia Legislativa convocar uma sessão extraordinária ainda hoje para discutir o assunto e debater a eventual inclusão de emendas ao texto. No documento aprovado pelas duas comissões, Engler não incluiu nenhuma das dez emendas apresentadas pelos deputados. O Projeto de Lei 59/2008 prevê a reestruturação da carreira de delegado do quadro da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), um aumento de 6,5% para a classe em janeiro do ano que vem, e mais 6,5% a partir de janeiro de 2010. Além desta proposta, outras quatro são discutidas hoje na Alesp. Elas abordam a carreira e salário das Polícias Civil, Militar (PM) e Científica. Entretanto, o projeto de elevação salarial não agrada os policiais civis e a possível aprovação na Casa não deve interromper a greve da categoria, que dura 49 dias. "A defasagem dos delegados de polícia, por exemplo, comparada com a inflação de abril de 1995 até hoje, é de 96,5%. O governo está dando 6,5%. Agora, eles precisam nos dar mais 90%", afirmou o diretor da Associação dos Delegados do Estado de São Paulo (Adpesp) André Dahmer. "A greve vai continuar." Segundo ele, a categoria deve promover uma série de reuniões com as bases sindicais para definir as próximas estratégias.

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