
26 de fevereiro de 2013 | 13h41
A vítima do acidente de trânsito sofreu invalidez permanente (352.495 casos, aumento de 47% em relação a 2011) em 69% das indenizações pagas no ano passado. O DPVAT também pagou indenizações por 60.752 mortes (aumento de 5%) e 94.668 reembolsos com despesas com assistência médica e suplementares (DAMS) por lesões de menor gravidade (aumento de 38%).
O perfil das vítimas que receberam indenização vem se mantendo ao longo dos anos. Ano passado, a maioria (40,97%) foi de homens com idades entre 18 e 34 anos. Por categoria de veículos, mais uma vez as motos lideram o ranking de indenizações pagas em 2012, com 69% doa casos (embora representem apenas 27% da frota do País). Os automóveis, que correspondem a 60% da frota, foram os responsáveis por 25% das indenizações pagas no ano passado. Caminhões ficaram com 4%, e ônibus (ou micro-ônibus), com 2% das indenizações pagas.
Regiões
Por região, o Nordeste passou o Sul ano passado e recebeu a maior quantidade de indenizações pagas em 2012: 29%. Destas, 65% dos casos envolviam acidentes com motos e 29%, automóveis. O Sul ficou em segundo, com 28% das indenizações pagas em 2012, seguido do Sudeste (25%), Norte (10%) e Centro-Oeste (8%).
"A quantidade de indenizações pagas a vítimas de acidente com motos vem crescendo ano a ano. Há alta frequência de pequenos acidentes com este tipo de veículo, o que sempre gera lesões. No automóvel, a carroceria protege o motorista, que escapa ileso em pequenos acidentes. Na moto, não", explicou Ricardo Xavier, presidente da Seguradora Líder. "Com a melhoria da renda e facilidade de crédito, houve crescimento vertiginoso de motos de baixa cilindrada, principalmente no Nordeste. Não queremos demonizar a motocicleta, mas precisamos conscientizar as pessoas do risco que ela representa".
Em 2012, o seguro DPVAT arrecadou R$ 7,14 bilhões. Destes, 50% são repassados obrigatoriamente ao governo federal para serem empregados no Sistema Único de Saúde (SUS) e Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
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