
27 de janeiro de 2010 | 00h00
Outra modificação é que a oferta passa a ser feita pela CSN Cement S.à.r.l., empresa sediada em Luxemburgo, detida integralmente de forma indireta pela CSN.
A CSN ofereceu 3,68 bilhões (US$ 5,26 bilhões) pela Cimpor em 18 de dezembro, sendo 5,75 (US$ 8,22) por ação. O conselho de administração da empresa portuguesa, porém, recomendou aos acionistas, em 7 de janeiro, que rejeitassem a proposta.
A prerrogativa de não exercer os direitos de voto permite a realização da oferta de compra antes de a União Europeia se pronunciar a respeito e faz com que prescinda das autorizações dos demais órgãos reguladores da concorrência, que têm de se manifestar a esse respeito. Além das autoridades da União Europeia, a operação está sujeita aos reguladores da Turquia, China e África do Sul.
Com a comunicação da oferta às autoridades reguladoras da União Europeia em 14 de janeiro, o prazo para a Comissão Europeia emitir seu parecer é até 18 de fevereiro.
CONCORRÊNCIA
Além da CSN, outras duas empresas brasileiras anunciaram que estão na corrida pela Cimpor. A Camargo Corrêa tem até o próximo dia 28 para confirmar se vai anunciar uma oferta concorrente, depois de ter proposto uma fusão com a Cimpor - o que foi recusado pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de Portugal. Já a Votorantim confirmou ontem ter feito uma oferta pela Cimpor, mas limitou-se a informar que não é uma oferta para aquisição do controle.
Na sexta-feira, a Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, pediu mais informações às três empresas brasileiras e à Cimpor para averiguar se estão tomando medidas para evitar a entrada de novas concorrentes no mercado de cimento.
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