PUBLICIDADE

Descoberta pode levar à criação de dentes em laboratório

Cientistas identificaram o gene que controla a produção do esmalte dentário, que reveste os dentes

Por BBC Brasil
Atualização:

Uma equipe de cientistas da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, identificou o gene que controla a produção de esmalte dentário, a parte externa e dura dos dentes. A descoberta pode abrir caminho para a reparação do esmalte sem obturações, a criação de dentes em laboratório e o fim das dentaduras. Os pesquisadores descobriram esta função em testes com camundongos sem o gene Ctip2. Este gene é considerado um "fator de transcrição" por regular a atividade ou expressão de outros genes. Já se sabia que ele tinha várias outras funções envolvendo respostas imunológicas e o desenvolvimento de pele e nervos. "Não é incomum para um gene ter funções múltiplas, mas antes disto nós não sabíamos o que regulava a produção de esmalte dentário", disse Chrissa Kioussi, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Oregon. "Este é o primeiro fator de transcrição que descobrimos que controla a formação e amadurecimento de ameloblastos, que são células que secretam esmalte." "Esmalte é um dos revestimentos mais duros encontrados na natureza, ele evoluiu para dar aos animais carnívoros os dentes rígidos e duradouros de que necessitavam para sobreviver", disse Kioussi. A especialista acredita que pesquisas que incluam o controle do gene e a tecnologia de células-tronco podem, além de tornar possível a criação artificial de dentes, permitir ainda o fortalecimento do esmalte existente. Com isso, seria possível reduzir cáries e a necessidade de obturações. Algumas equipes de pesquisadores já haviam conseguido cultivar partes internas do dente em laboratório, mas não o esmalte. A pesquisa foi divulgada em Proceedings of the National Academy of Sciences. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.