
10 de setembro de 2011 | 00h00
Segundo o pesquisador Alberto Setzer, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), há duas razões principais para a queda observada. A primeira é que este ano está menos seco. "Em 2010, a estiagem começou antes. Até agora, este ano está mais úmido." O segundo ponto, afirma o pesquisador, é que, como ocorreram muitas queimadas no ano passado, houve uma redução da biomassa da vegetação. Portanto, há menos matéria vegetal para ser queimada neste ano. Além disso, a fiscalização melhorou em alguns Estados, como Mato Grosso e Pará.
No ano passado, foram registrados 20 mil focos nesse período no Pará. Neste ano, o número caiu para 4 mil. Em Mato Grosso, foram 22 mil focos nesse período em 2010, contra 7,9 mil focos em 2011. "Ainda está longe do ideal, mas a situação está melhor", afirmou Setzer.
Um dos Estados que preocupam é Minas Gerais. Já é visível um aumento das queimadas por lá (foram 5,5 mil focos no ano passado contra 5,6 mil neste ano).
Brigadistas. Depois do recorde de queimadas no ano passado, o governo aumentou timidamente o número de brigadistas e de áreas monitoradas. O Ibama passou a atuar em 104 municípios críticos, contra 86 no ano passado - um crescimento de 20,9%. O número de brigadistas passará de 1,8 mil para 2.041 - um aumento de 13,3%.
Nos parques nacionais, sob responsabilidade do Instituto Chico Mendes, a quantidade de brigadistas passou de 1.580 para 1.631 entre 2010 e 2011 - um crescimento de 3,2%.
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