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Em São Paulo, Marina critica 'velha polarização'

Candidata disse que partidos tradicionais 'preferiram tratar de interesses próprios' quando governaram o país

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Por Gilberto Amendola
Atualização:

Grande São Paulo - A candidata Marina Silva (Rede)realizou sua primeira agenda de rua nesse sábado, dia 25. O evento aconteceu na Praça 22 de Novembro, em Mauá. 

Marina pretende criar empregos com a instalação de 1,5 milhão de tetos solares Foto: Daniel Teixeira/Estadão

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Em um pequeno tablado, Marina esperou candidatos ao legislativo se manifestarem. O temor da chuva esteve presente durante todas as falas, mas não se concretizou. 

Em seu discurso, Marina criticou aquilo que ela chamou de “partidos da velha polarização” que, segundo ela, teriam articulado para obterem “todo o tempo de TV e os recursos”.

“Eu não tenho medo dos milhões. Os nossos tostões vão vencer a mentira”, afirmou a candidata. “Não vai ser dinheiro, marqueteiro e centrão que irá vencer a população”, completou.

Marina voltou falar em políticos que “optaram pelo centrão ao invés do povo” (sem citar o nome de Geraldo Alckmin, do PSDB, candidato apoiado pelo centrão). Ela também disse que PT, PSDB, PMDB E DEM já tiveram suas oportunidades, mas preferiram tratar de interesses próprio do que do povo.

A candidata revelou uma de suas propostas para criação de emprego: a instalação de 1, 5 milhão de tetos solares. Segundo ela, além dos benefícios para o meio ambiente o projeto criaria muitas vagas de trabalho. 

Em sua segunda agenda pública do sábado, a candidata à Presidência da Republica, Marina Silva (Rede), acompanhada pelo vice Eduardo Jorge (PV), visitaram o centro cultural Okinawa, em Diadema, na Grande São Paulo, para participar de um evento em apoio aos candidatos ao legislativo pelo PV.

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O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV) apresentou Marina com uma fala que pode soar machista: “A mulher é a coisa mais importante na vida de um homem”. A candidata parece não ter gostado, mas não fez menção à gafe em seu discurso - mas trocou o nome do prefeito, chamando-o de Lauro.

Em seu discurso, Marina ressaltou que muitos adversários a subestimam, como subestimam todas as mulheres. “Dizem que eu sou magrinha e fraquinha. O Brasil não precisa de força física, mas de fortaleza moral”, disse. 

A candidata elencou fatos de sua própria biografia para demonstrar que não tem nada de fraquinha. 

Assim como na primeiraagenda do dia, Marina voltou a falar da questão do desemprego e criticar partidos como PT, PSDB e MDB. Ela elencou o que considera boas realizações desses partidos (Plano Real e Bolsa Família), mas afirmou que eles “se perderam no processo, do poder pelo poder, do dinheiro pelo dinheiro”.

Marina lembrou 2014 e disse que essa também “será a eleição da mentira e dos memes para tentar desconstruí-lá” 

“Eu já disse que quero ganhar essa eleição ganhando. Tem gente que ganha perdendo. Ganha abrindo mão dos seus princípios”, disse.

Eduardo Jorge discursou dizendo que o programa econômico de Marina é responsável e não demagógico. “ A presidente Dilma quebrou o País”, afirmou. Para ele, Marina é a “candidata do diálogo e a única que pode unir o país”. “Nem Lula, nem Bolsonaro podem unir o País."

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