Familiares de vítimas querem reajuste de indenização

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Por Tiago Rogero
Atualização:

Os familiares da psicóloga Luciana Clarkson Seba, de 31 anos, uma das vítimas do voo AF-447 da Air France, que conseguiram na Justiça um reajuste no valor das indenizações de R$ 1,2 milhão para R$ 1,6 milhão, vão recorrer da decisão para aumentar ainda mais a quantia. Segundo o advogado da família, João Tancredo, as notícias de novas buscas pelos corpos e do resgate das caixas-pretas agravaram a dor dos parentes.No último dia 4, a 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou que as indenizações para os pais da vítima, Osvaldo Bulos Seba e Laís Clarkson Seba, subissem de R$ 510 mil para R$ 600 mil, cada. O valor a ser pago aos avós passou de R$ 102 mil para R$ 200 mil, cada.Agora, Tancredo informou que vai pleitear R$ 1,1 milhão para cada um dos parentes, em um total de R$ 4,4 milhões. Ele diz que não pode haver distinção no valor das indenizações, já que Luciana era filha e neta única, e a perda, portanto, foi igualmente sentida pelos quatro. O advogado, no entanto, informou que só vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) "quando" a Air France fizer o mesmo.Na decisão de 4 de maio, os desembargadores da 11ª Câmara também negaram o pedido da companhia francesa de limitar o valor das indenizações em 300 mil euros (cerca de R$ 692 mil), com base no Tratado de Montreal. "O ideal seria que não houvesse mais recursos, para que as famílias não tivessem de reviver tudo isso a cada julgamento. Estão todos muito esgotados, precisando de um ''fechamento'' nessa história. São quase dois anos", disse.O advogado representa, ao todo, os familiares de 14 vítimas do acidente. Segundo ele, pelo menos três famílias disseram que não estão recebendo os comunicados da Air France e do Escritório de Investigação e Análise sobre a Aviação Civil (BEA), sobre as buscas.

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