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Forças sírias matam 6 manifestantes; Liga Árabe convoca reunião

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Por Redação
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Forças de segurança sírias mataram a tiros ao menos seis manifestantes nesta sexta-feira durante protestos massivos contra o governo, fortalecidos pela pressão internacional contra o presidente Bashar al-Assad, segundo ativistas. Os disparos ocorreram perto de Aleppo, a segunda cidade mais importante da Síria, e nos subúrbios da capital, Damasco, afirmaram. Em outro incidente, ao menos 20 mil curdos saíram em passeata na cidade de Qamishli, próxima à Turquia, em homenagem a Mishaal Tammo, líder curdo que foi morto no começo deste mês, disseram os ativistas. Simpatizantes de Tammo alegam que as autoridades estão por trás de sua morte, que provocou indignação nas ruas depois de sete meses de instabilidade política no país. Ao descrever a manifestação, uma testemunha disse: "As primeiras três fileiras são compostas de meninos e meninas que estão segurando fotos de Tammo. Faixas denunciando o regime estão todas em preto, simbolizando o luto." Milhares de pessoas também realizaram uma marcha dentro da cidade de Hirak, no sul do país, que foi a primeira região a ser invadida por tanques e tropas no começo da revolta. "Existe um otimismo renovado de que os dias do regime estão contados. Estamos vendo mais deserções, as sanções econômicas estão sendo sentidas, o Ocidente está mantendo a pressão e existe mais movimento dos países árabes", disse Mohammad al-Arabi, um ativista em Hirak. "A Rússia e a China também não estão tão decididos no apoio a Assad", acrescentou. No domingo, os ministros de Relações Exteriores árabes farão uma reunião de emergência no Cairo para discutir a situação na Síria, informou a emissora árabe Al-Jazeera nesta sexta-feira. Os países do Golfo Árabe pediram na quinta-feira uma reunião imediata dos Estados da Liga Árabe para discutir a situação humanitária na Síria e estudar formas "de impedir o derramamento de sangue e a máquina de violência", disse o Conselho de Cooperação do Golfo em comunicado.

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