Incra promete assentar 2 mil famílias sem-terra no RS

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Por Elder Ogliari
Atualização:

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) prometeu assentar mil famílias de sem-terra no Rio Grande do Sul até abril e outras mil até dezembro do ano que vem. O novo calendário, anunciado hoje pelo superintendente regional do órgão, Mozar Dietrich, a representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) em Passo Fundo deve desmobilizar as três colunas de sem-terra que marcham pelas estradas gaúchas desde o dia 11 de setembro. Os sem-terra mostraram-se dispostos a encerrar a manifestação, que colocou o Estado sob tensão, se um de seus grupos for autorizado a voltar a acampar em Almirante Tamandaré do Sul, de onde saiu há dois meses. Para isso, vão pedir à juíza Marlene Marlei de Souza que revogue a proibição ao trânsito de militantes do MST nos cinco municípios da comarca de Carazinho, entre os quais Almirante Tamandaré do Sul, anunciou João Amaral, um dos coordenadores do movimento no Estado. Foi a proibição da Justiça que impediu duas das três colunas de ingressar hoje em Carazinho e Almirante Tamandaré do Sul. Os dois grupos se mobilizaram e caminharam até os limites dos dois municípios, mas foram impedidos de seguir adiante por barreiras da Brigada Militar e ficaram nos territórios de Não-Me-Toque e Sarandi, nos quais não vigora a decisão da juíza. O terceiro grupo, que está em Passo Fundo, tentou entrar na Câmara Municipal para participar da audiência entre as lideranças do movimento e representantes do Incra, à qual também compareceram o ouvidor agrário nacional Gersino José da Silva Filho e o ouvidor-geral da secretaria de segurança do Estado Adão Paiani. A Brigada Militar, que vigiava o local, impediu a passagem de todos os militantes. Houve um princípio de tumulto. Ao final, por acordo, um grupo reduzido foi autorizado a acompanhar a reunião.

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