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'Isabella entrou sangrando no apartamento', diz perita

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Rosângela Monteiro, perita criminal convidada para depor tanto pela defesa quanto pela acusação de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, foi enfática: o sangue encontrado no carro e apartamento do casal era de Isabella. Munida de laudos técnicos, a testemunha disse que é possível afirmar também que a menina já entrou sangrando no apartamento, carregada, contradizendo assim a alegação inicial da defesa de que a vítima foi agredida dentro de casa por uma terceira pessoa.A promotoria pediu para a testemunha, que começou a depor no terceiro dia de julgamento por volta das 10h25, reforçar suas credenciais. Após apresentar um extenso currículo acadêmico e profissional, destacando "os 30 anos na área forense", Rosângela afirmou que o local do crime "foi um dos mais preservados" que já encontrou em sua carreira.A pedido de Francisco Cembranelli, que representa a acusação, a perita confirmou que, ao seu ver, ninguém na defesa possui treinamento para lidar com os reagentes que os peritos usaram para ter certeza de que o sangue era de Isabella. "O que chamou mais atenção foi as gotas de sangue que estavam na soleira da porta, de fora para dentro", destacou.A perita disse ao júri realizado no Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo, que no carro do casal foram identificadas três manchas de sangue: no assoalho, no banco do motorista e no lado esquerdo de um assento de bebê, no banco traseiro. Dois vestígios não foram possíveis analisar. O terceiro, encontrado ao lado da cadeira, tem elementos do DNA de Isabella e de um indivíduo do sexo masculino, que leva a crer ser o filho dos Nardonis.Gloria PerezAo entrar na sala, Anna Carolina Jatobá, a madrasta, deu bom dia para a defesa. Porém, Alexandre Nardoni seguiu impassível. Mas quando o juiz leu os crimes dos quais o casal é acusado, ele abaixou a cabeça, só levantando quando a testemunha começou a depor. Na plateia, a autora Gloria Perez acompanhava tudo, sentada logo atrás da avó materna de Isabella.

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