Morales proíbe que aviões do DEA sobrevoem a Bolívia

Presidente proíbe que aviões do departamento antidrogas dos EUA entrem no país.

PUBLICIDADE

Por Da BBC Brasil
Atualização:

O presidente da Bolívia, Evo Morales, proibiu que aviões do departamento antidrogas dos Estados Unidos (DEA, na sigla em inglês) sobrevoem o território boliviano, informou a agência estatal ABI (Agencia Boliviana de Información). Morales falou sobre a proibição durante um discurso na cidade de Canasmoro, no Departamento de Tarija, nesta quinta-feira "Há dois dias recebi uma carta da DEA que pedia autorização para sobrevoar o território nacional. Quero dizer publicamente que nossas autoridades do setor não podem permitir que a DEA sobrevoe a Bolívia", disse o presidente. Relações conturbadas A proibição se dá em um momento em que as relações entre EUA e Bolívia atravessam uma profunda crise. Na semana passada, o governo dos Estados Unidos anunciou que deve suspender os benefícios tarifários que concede à Bolívia por causa do suposto fracasso do país em combater o tráfico e a produção de drogas. A medida causou apreensão entre os empresários bolivianos que dependem das exportações para os EUA. No ano passado, a Bolívia exportou US$ 377 milhões para o mercado americano. Estima-se que pelo menos 40% do total é representado por produtos com preferências tarifárias. O anúncio do possível corte nos benefícios foi divulgado duas semanas depois de que o presidente da Bolívia, Evo Morales, expulsou o embaixador americano em La Paz, Philip Goldberg, acusado por ele de conspiração contra seu governo. A iniciativa de Morales levou o governo americano a expulsar o embaixador boliviano em Washington. Dias depois das expulsões, os EUA incluíram pela primeira vez a Bolívia na lista de países que as autoridades de Washington classificam como produtores de drogas ou que são usados como corredores por traficantes. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.