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Movimento LGBT lutará por direitos de transexuais

Por MARCELA GONSALVES
Atualização:

O presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, Ideraldo Luiz Beltrame, afirmou durante entrevista coletiva realizada hoje que a maior demanda do movimento atualmente é, além da criminalização da homofobia, a garantia dos direitos das travestis e transexuais. Segundo Beltrame, parte dos homossexuais já é reconhecida pela sociedade, mas as transexuais ainda enfrentam sérios problemas.A coletiva contou com a participação de representantes do movimento e autoridades oficiais. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse que a realização da Parada Gay é o exemplo mais emblemático de que na capital paulista prevalece o respeito à diversidade e à cidadania.Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, também esteve presente e elogiou o tema escolhido para a 15ª edição do evento, "Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia!". A frase, que faz apologia a um mandamento bíblico, havia sido criticada na ocasião de seu lançamento. A senadora Marta Suplicy criticou a atuação dos congressistas em relação ao pouco apoio dado às causas GLBT nos últimos anos e defendeu a aprovação do PL 122, que criminaliza a homofobia. A cantora Preta Gil, eleita diva da 15ª Parada Gay, chegou à coletiva "toda trabalhada no brilho", reforçando seu apoio à causa. Ela se disse honrada com o posto de diva e afirmou: "Espero poder participar da parada todos os anos, independente de ser diva ou não, apesar que eu acho que serei diva para sempre".O presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, reafirmou o caráter político do evento: "É uma festa da cidadania, não é só um carnaval fora de época". Sobre a união de casais homossexuais, ele ressaltou: "Nós não queremos destruir a família de ninguém, queremos construir a nossa".

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