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PF investiga apreensão de cocaína pura no Nordeste

Por Angela Lacerda
Atualização:

Com característica de operação de cartel internacional de entorpecentes - devido à capacidade financeira e à logística empregada na tentativa de embarcar, para a África, 530 quilos de cocaína pura, pelo Porto de Suape, na região metropolitana do Recife - a droga apreendida por uma ação conjunta da Polícia Federal e Receita Federal, neste fim de semana, pode ter sido colocada na carga depois de sua saída do pólo gesseiro do Araripe, no sertão pernambucano."Há indícios de que os sacos de gesso foram reabertos, o que sugere que as embalagens com cocaína podem ter sido enxertadas na carga depois de sua saída da fábrica", afirmou o superintendente regional da Polícia Federal, Marlon Jefferson de Almeida, em entrevista coletiva, hoje, na sede da PF, no Recife. "O trabalho começa agora", complementou, ao informar que a Interpol foi acionada e inquérito policial foi instaurado para investigar a transação, considerada a maior apreensão de cocaína já realizada no Nordeste. "Vamos ouvir desde o motorista que chegou ao porto de Suape com a carga até os representantes da empresa produtora e embaladora que iria exportar o gesso", adiantou.O superintendente regional da Receita Federal, Luiz Fernando Teixeira Nunes, também presente à entrevista, disse que a apreensão foi consequência do serviço de inteligência da Receita, que percebeu incompatibilidade entre a carga e a empresa exportadora. Segundo ele, o faturamento registrado da empresa era "zero". "A partir daí informamos a Polícia Federal", observou.O cão Nauê ficou doente devido à grande quantidade de gesso farejada na operação de apreensão e está sendo tratado em uma clínica veterinária. A expectativa é de alta amanhã. "Pode ter sido uma alergia ao gesso", disse o superintendente regional da PF. O órgão deve receber, ainda neste ano, um segundo cachorro capaz de farejar entorpecentes.

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