Polícia do Rio prende 34 em operação contra milícia

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Por Redação
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Pelo menos 34 suspeitos de envolvimento com uma milícia no Rio de Janeiro foram presos nesta terça-feira em uma das maiores ações da história da polícia fluminense contra grupos paramilitares. Entre os 34 presos, 20 são policiais civis e militares. Outras oito pessoas que teriam ligação com a milícia já estavam detidas. "Com as prisões de hoje praticamente acabamos com a Liga da Justiça, que representa quase 70 por cento das áreas de atuação dos milicianos no Rio. Essa é a milícia mais desafiadora e com um maior potencial criminoso", disse o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame. Ao todo, 66 mandados de prisão foram expedidos pela Justiça contra os supostos integrantes da milícia com atuação na zona oeste da capital. "Vamos continuar esse trabalho de depuração da corporação. Nós queremos aqui os bons policiais militares, os bons servidores, para que a sociedade se sinta tranquila e segura com a polícia que tem", afirmou o tenente-coronel Rogério leitão, da Polícia Militar. Cerca de 500 policiais foram mobilizados para a megaoperação da polícia fluminense. Os presos tinham ligação com o grupo paramilitar liderado pelo ex-PM Ricardo Cruz, o Batman. Ele foi preso recentemente, após fugir no fim do ano passado pela porta da frente do presídio de Bangu. "São todos da mesma quadrilha. O Batman é um dos membros dessa quadrilha responsável por vários crimes na zona oeste", declarou o delegado da polícia civil Ronaldo Oliveira, acrescentando que muitos dos detidos já tinham sido denunciados ou eram réus em processos de homicídios e formação de quadrilha. Os detidos estariam envolvidos na morte de pelo menos 30 pessoas. "Esses milicianos são um transtorno para os moradores da zona oeste do Rio de Janeiro. Vamos desarticular essa quadrilha também no aspecto financeiro", disse Oliveira. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública, antes da operação de terça-feira 80 milicianos foram presos no Rio este ano, contra 78 em 2008 e 23 em 2007. (Por Rodrigo Viga Gaier)

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