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Por causa da pandemia de coronavírus, Zona Franca de Manaus quer produzir respirador

Três iniciativas entre empresas e órgãos de pesquisa para chegar a um modelo de respirador estão em andamento; perspectiva é de que o equipamento comece a ser fabricado no fim deste mês

Foto do author Márcia De Chiara
Por Márcia De Chiara
Atualização:

Tradicionalmente voltadas para a fabricação de eletroeletrônicos e motocicletas e agora com boa parte das linhas de produção paradas, indústrias da Zona Franca de Manaus tentam desenvolver um projeto de um respirador nacional para ajudar no tratamento da covid-19. A intenção é fabricar mil respiradores e entregar gratuitamente os equipamentos para os hospitais do Amazonas. 

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Três iniciativas entre empresas e órgãos de pesquisa para chegar a um modelo de respirador estão em andamento. A perspectiva é de que o equipamento comece a ser fabricado no fim deste mês, segundo o presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco. Manausfaz parte do grupo das 12 capitais do País que entraram em cenário de emergência por causa do grande número de casos do novo coronavírus em relação à população.

Périco conta que um conselheiro da entidade encontrou na internet um protótipo de respirador e perguntou a indústrias, ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) do Amazonas (Senai) e À Fundação Paulo Feitoza ( centro tecnológico privado de pesquisa) sobre a possibilidade de desenvolver o equipamento. A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) também já tinha em andamento um projeto de respirador.

Hoje há três frentes de trabalho em parceria com empresas tentando chegar num modelo de equipamento que possa ser fabricado em escala industrial. Périco conta que a Moto Honda, que produz motocicletas, trabalha num projeto da UEA. A Transire, que fabrica equipamentos para leitura de cartões, toca um projeto com o Senai. E a Bic, conhecida pela fabricação de canetas, desenvolve um projeto com a Fundação Paulo Feitoza. “O projeto mais adiantado é o da Bic”, diz o presidente do Cieam.

Assim que o projeto for concluído, deve ser submetido à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Périco conta que está negociando com o governo do Amazonas recursos para a compra das matérias-primas, que serão nacionais. As indústrias envolvidas no projeto vão ceder, sem custos,as linhas de produção para os equipamentos serem fabricados e também os seus funcionários.

A Zona Franca de Manaus recebe em torno de R$ 24 bilhões de renúncia fiscal por ano Foto: Alberto César/Estadão - 12-08-2010

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