21 de novembro de 2013 | 16h57
De acordo com a polícia, na casa do suspeito foram encontradas 100 gramas de maconha, por isso ele foi autuado também por tráfico de drogas. As roupas que ele usava durante o protesto também foram encontradas em sua residência.
Gabriel confessou ter participado do vandalismo, mas negou ser adepto da tática de ação conhecida como black bloc ou fazer parte do grupo de mascarados que atuam em manifestações. Ele se disse adepto de um movimento pela liberação do uso da maconha e estava no protesto para dar visibilidade à sua luta. Segundo Gabriel, ele agiu por impulso, no calor da manifestação.
O suspeito negou participação na invasão do instituto, no dia anterior ao protesto, para retirada de 178 cães da raça beagle. As instalações foram depredadas. De acordo com a polícia, Gabriel é, por ora, o único autor dos crimes de depredação dos veículos. Ele foi ajudado por outras pessoas no ataque à viatura e aos dois veículos de reportagem, mas a Polícia Civil não conseguiu identificar os outros participantes. O detido era o único que estava com o rosto descoberto, embora usasse um boné também apreendido pela polícia.
O acusado vai responder pelos crimes de incêndio, com pena prevista de 3 a 6 anos de reclusão, e de tráfico de entorpecentes, com pena que varia de 3 a 15 anos. O inquérito que apura a invasão e depredação do instituto ainda está em andamento, assim como o que investiga denúncia de maus tratos contra os animais. A Polícia Militar abriu um inquérito civil para apurar a responsabilidade pelo incêndio da viatura. Caso seja confirmada a ação de Gabriel, ele terá de pagar até R$ 50 mil pela destruição do veículo e de seus equipamentos.
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