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Reunião do clima já mostra impasse entre EUA e China

Por Afra Balazina , Andrea Vialli e Fernanda Fava
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A primeira reunião do ano após o fracasso de Copenhague entre os quase 200 países que integram a Convenção do Clima das Nações Unidas já tem um impasse. Os maiores emissores atuais de gases de efeito estufa, os Estados Unidos e a China, não conseguem se entender em Bonn, na Alemanha. Os negociadores americanos defendem que um acordo global para frear as emissões dos gases que provocam o aumento da temperatura na Terra seja construído a partir do Acordo de Copenhague, que foi firmado em dezembro e recebeu a adesão de 111 países. A China, porém, considera que o tratado deve ser feito com base em outros textos. Há críticas pelo fato de o Acordo de Copenhague ter sido elaborado por poucos países. "Pequenos grupos informais foram reunidos e estão se proliferando (...), autosselecionados para produzirem um acordo por trás das costas dos outros", disse a delegada da Venezuela Claudia Salerno. A reunião em Bonn termina amanhã. A expectativa é que será difícil firmar um acordo global com valor jurídico neste ano, em Cancún (México). PATRIMÔNIO EM PERIGOIlhas Galápagos têm situação avaliadaAs ilhas Galápagos, no Equador, passam neste fim de semana por uma "vistoria". O ministro da Cultura, Juca Ferreira, está no local - como presidente do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco - para verificar se a situação do arquipélago melhorou. Em 2007, ele passou a fazer parte da lista de patrimônios mundiais em perigo. Galápagos enfrenta degradação ambiental causada pelo turismo e pela imigração. EMPRESAS EM AÇÃO WWF lança programa em defesa do climaA ONG WWF-Brasil lançou ontem, em São Paulo, o programa Defensores do Clima. A iniciativa reúne 22 empresas no mundo todo que aceitaram reduzir as suas emissões de gases de efeito estufa. A empresa de cosméticos Natura é a primeira brasileira a fazer parte da rede, com uma meta de redução de 10% das emissões de suas operações até 2012, em relação a 2008. Juntas, as 22 companhias vão deixar de lançar na atmosfera 14 milhões de toneladas por ano, o equivalente às emissões anuais do município de São Paulo. "Nossa estratégia no Brasil é chamar a atenção de setores como agrícola, petroquímica, papel e celulose", afirma Carlos Scaramuzza, do WWF-Brasil.ACIDENTE AMBIENTALÓleo começa a ser removido de coraisComeçaram ontem os trabalhos para remover o óleo combustível que vazou de um cargueiro chinês que encalhou próximo da Grande Barreira de Corais, na costa australiana. O vazamento, no domingo, sujou o mar com uma mancha de óleo que se estendeu por quatro quilômetros.

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