Segurança extra contra apagão custaria R$ 600 mi/mês

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Por LEONARDO GOY
Atualização:

A implementação de um sistema adicional de segurança para reduzir a dependência do País frente a Itaipu geraria um custo adicional de R$ 500 milhões a R$ 600 milhões por mês. Segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, o sistema extra seria baseado em usinas térmicas e poderia manter o funcionamento diário de 4 mil megawatts."Para eu ter uma segurança que suporte esse tipo de contingência de probabilidade remota precisaria reduzir o carregamento que chega à subestação de Tijuco Preto (SP) em cerca de 4 mil megawatts. Isso custa até R$ 600 milhões por mês. É um absurdo para a probabilidade remota dessa contingência", disse Chipp.O diretor também disse hoje que o ONS pretende entregar ao governo e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no dia 4 de dezembro, o Relatório de Análise de Perturbação (RAP) com informações detalhadas sobre o blecaute que deixou 18 Estados sem luz na noite do último dia 10."Temos 30 dias dados pelo ministro, que vencem no dia 15 de dezembro. Mas, pela importância e relevância, estamos fazendo todos os esforços para entregar até sexta-feira da próxima semana", disse Chipp, que participou de audiência pública da Comissão de Infraestrutura do Senado para debater as causas do blecaute.A oposição esteve praticamente ausente do debate. Além do senador Eliseu Resende (DEM-MG), que é vice-presidente da comissão e acompanhou a sessão desde o início, apenas um outro oposicionista, o senador Efraim Morais (DEM-PB) apareceu, no fim da audiência, para fazer perguntas.

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