Sueco nega que tenha comprado terras na Amazônia

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Por AE
Atualização:

O empresário sueco e co-presidente da Cool Earth, Johan Eliasch, negou hoje que tenha comprado em nome da entidade assistencialista áreas na Amazônia, em Cristalino (MT), ou estimulado a exploração de ouro na região, conforme foi noticiado pela imprensa. "Essas alegações não têm substância e são completamente falsas", afirmou, em nota. "A Cool Earth não comprou e não vai comprar um acre de terra sequer, seja na Amazônia ou em qualquer outro lugar. Com relação a Cristalino, a Cool Earth não é proprietária de terras na cidade. Seu envolvimento é limitado à doação de fundos para uma organização não-governamental (ONG) britânica chamada Fauna e Flora Internacional, responsável por um projeto de proteção à floresta nessa área", sustentou. Eliasch afirmou que não foi notificado, oficialmente, sobre investigações conduzidas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e que teriam resultado num relatório confidencial com as informações sobre a compra de terras. Sobre da afirmação a ele atribuída de que a Floresta Amazônica poderia ser comprada por US$ 50 bilhões, ele informou que a declaração faz parte de um discurso feito em 2006 para uma seguradora. "É uma distorção. O que eu disse na ocasião é que a indústria seguradora teria um incentivo financeiro claro ao apoiar a proteção das florestas tropicais pelo planeta, na forma de um seguro contra as mudanças climáticas e os furacões subseqüentes associados a estas mudanças. Nesse contexto, eu destaquei que o prejuízo estimado de US$ 75 bilhões, sofrido pela indústria seguradora diante da devastação causada pelo Furacão Katrina, em 2005, era maior que o valor de capital hipotético, estimado para as florestas tropicais brasileiras na época", argumentou.

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