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Universidade se diz vítima dos fraudadores

Por Paulo Saldaña
Atualização:

Os diplomas falsos descobertos em São Paulo mostram que os fraudadores têm recorrido com mais frequência a seis instituições. Duas foram incorporadas a outras universidades e uma delas, a São Marcos, quase encerrou as atividades e ainda passa por uma séria crise.Os casos apurados não dão margem a concluir que haja conexão dentro das universidades para a manipulação desses falsos títulos. Até porque são as próprias instituições que certificam à secretaria a autenticidade dos papéis.Os logotipos que mais aparecem nos títulos dos professores fraudadores de São Paulo são da Universidade Braz Cubas (UBC), de Mogi das Cruzes, e São Marcos. Na sequência aparecem Universidade de Guarulhos (UnG), Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), Faculdade Marcelo Tupinambá (atual Faculdade Paulista de Artes - FAP) e Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras Professor José Augusto Vieira (atual Cesep), de Machado, em Minas - a única de fora do Estado de São Paulo.A diretora Acadêmica da UBC, Niube Ruggero, afirmou, em nota, que "tem implantado sistemas para identificar, com facilidade, a ocorrência de diplomas expedidos na universidade". A instituição recebeu em 2011 cerca de 20 pedidos para verificar autenticidade. Desses, quatro eram falsos.A reitora da São Marcos, Maria Aurélia Varella, disse que soube de casos recentes. "Somos vítimas desses fraudadores. Mas para nós é importante descobrir essas manobras com o nome da instituição." A reitora contou que recebeu anteontem pedido de confirmação vindo de um delegado de Mato Grosso. "Um homem que passou em concurso e apresentou um diploma duvidoso. Estamos apurando o caso."A UnG disse que vai apurar os fatos que envolvem a instituição. Unasp e FAP informaram desconhecer informações sobre diplomas falsos. A Cesep afirmou que apurou só um caso, "sendo este (documento) grotescamente falsificado".

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