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Fórum dos Leitores

Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
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Oriente Médio

Bombardeios no Líbano

A guerra, por si só, já é horripilante, destrói nações e famílias. Cenas de guerra machucam os olhos e a alma. Nessa linha, Israel extrapola os limites do bom senso bombardeando Beirute e matando inocentes, crianças, mulheres e idosos. E há, inclusive, brasileiros entre os mortos. Nações civilizadas estão indignadas com a desnecessária truculência do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Vicente Limongi Netto

Brasília

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Irã

Em discurso na Assembleia Geral da ONU, o primeiro-ministro israelense sintetizou o que seus inimigos e alguns outros países não querem ouvir: que todo o conflito do Oriente Médio gira em torno da República Islâmica do Irã – o grande câncer regional. Foi o Irã quem patrocinou os ataques do grupo terrorista Hamas em 7 de outubro de 2023. É o Irã que patrocina a desestabilização do Líbano, por intermédio do grupo terrorista Hezbollah. E o Irã faz tudo isso porque Israel estava a um passo de celebrar um acordo com diversas nações árabes que permitiria o reconhecimento mútuo entre nações e um pacto de unidade na região – tudo o que o Irã não quer. Será que ficou claro que quem está por trás de todo sangue e ódio no Oriente Médio é o Irã? Israel não atacou ou invadiu ninguém deliberadamente. Apenas se defendeu e caçou terroristas. Houve mortes de inocentes? Houve. Há truculência? Há. Mas, como diz um velho e sábio dito na região, “se os árabes baixarem as armas, teremos paz. Se Israel baixar as armas, desaparece”.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz

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Por uma paz duradoura

Logo após o discurso de Benjamin Netanyahu na ONU, assisti a comentários de jornalistas na TV focando principalmente nas vítimas civis em Gaza e no Líbano. As causas dos conflitos parecem ter pouca relevância. Vale a pena relembrar como tudo isso teve início. No dia 7 de outubro do ano passado, o Hamas fez um brutal ataque a Israel, matando 1.200 civis, torturando centenas de forma cruel e tomando cerca de 250 reféns. Em seguida, o Hezbollah, em apoio ao Hamas, começou seu ataque com mísseis sobre Israel. Pensemos, por um momento, que o atacado fosse o Brasil. O que nosso governo faria? Um luto oficial de três dias e mais nada, sabendo que esses ataques se repetiriam por tempo indeterminado? Algum brasileiro gostaria de estar na pele dos familiares das vítimas, vivendo num estado permanente de dor e angústia? É preciso ressaltar que, neste momento, um cessar-fogo seria unilateral. Só Israel pode se comprometer. E quem se compromete do outro lado para interromper os ataques com mísseis e drones? Nesse outro lado só há grupos terroristas, a menos que o Irã, como financiador deles, passe a representá-los oficialmente. Só assim teríamos as condições necessárias para a criação de um Estado palestino e de uma paz duradoura em benefício daquela região e do mundo.

Leonardo Sternberg

São Paulo

Eleições 2024

Rejeição

A rejeição a candidatos carrega algumas idiossincrasias. No caso da capital paulista, surpreende a baixa rejeição ao prefeito Ricardo Nunes (39%), mas também o fato de seu índice de conhecimento pela população não ser mais próximo de 100%. Ou seja, parece que o paulistano não sabe que ele é o atual prefeito e, por isso, não o associa com os problemas da cidade. Costuma-se associar a rejeição ao teto que o candidato pode obter num eventual segundo turno, mas isso também tem sido revertido ao longo das eleições. O eleitor rejeita A ou B até que seu candidato não vá para o segundo turno, e, a partir daí, reorienta sua preferência para escolher o menos ruim.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

Pressão sobre Tabata

A propósito da reportagem do Estadão de 26/9 (Tabata resiste a pressão para apoiar Boulos em eventual segundo turno), quem viver verá: a candidata do PSB vai apoiar Guilherme Boulos num eventual segundo turno da eleição em São Paulo.

Nelson Falseti

São Paulo

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Apostas online

Enrascada

O Brasil entrou numa enrascada ao regulamentar as bets. Proibir a publicidade dessas apostas online poderia levar à falência os clubes de futebol do Brasil. Sou favorável a estipular um valor-limite para as apostas (dois salários mínimos) e proibir apostas de quem estiver na lista da Serasa.

Renato Maia

Prados (MG)

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

RETORNO DO X

De repente, Elon Musk resolveu cumprir com as obrigações impostas pelo ministro Alexandre de Moraes. Como é um influenciador raiz, o dono do X – que não é confiável – pode aproveitar a deixa e bagunçar ainda mais as próximas eleições. Como para ele dinheiro não é problema, certamente, se gabará por enganar o ministro e sair livre, leve e solto depois do estrago consumado. Como disse aquela senhorinha de Taubaté: Ministro, deixe para ativar a plataforma ‘X’ após as eleições, evite surpresas desagradáveis. Muito cuidado nessa hora.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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HORÁRIO DE VERÃO

Para quem gasta em turismo político por muitas capitais do exterior fica difícil defender a volta do horário de verão. A economia pífia do setor elétrico não justifica tamanho sacrifício. O transtorno que causará para grande parte da população, especialmente para os trabalhadores que precisam acordar cedo para chegar ao seu destino será imensurável. Nós já vimos este filme e não queremos mais vê-lo. Melhor seria desligar as luzes do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto que a economia seria bem maior.

Mário Negrão Borgonovi

Petrópolis

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PARCIMÔNIA

O editorial O dever da parcimônia (Estadão, 26/9, A11) tratou com propriedade da descabida e condenável participação de ministros do Supremo Tribunal Federal em eventos privados (dentro e fora do Brasil), dentre os quais o caso retratado do ministro do STF, Kassio Nunes Marques, que festejou o aniversário do cantor Gusttavo Lima em um iate de alto luxo na icônica ilha de Mykonos, na Grécia, na (má) companhia dos sócios da empresa de apostas Vai de Bet, sob suspeita de lavagem de dinheiro. Por oportuno, cabe reproduzir alguns de seus trechos: “Há uma regra básica que distingue a discricionariedade entre trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos. Em seus ofícios, os primeiros podem fazer tudo o que a lei não proíbe; e os segundos, só o que a lei prevê. Analogamente, um cidadão comum pode participar das festas que quiser. Mas um juiz deve se pautar pela cautela: se não sabe quem estará lá, melhor evitar. Não se trata de moralismo. Juízes têm direito às alegrias da vida privada. Mas, ao aceitar o serviço à Justiça, aceitam que essa vida seja regulada. A Lei da Magistratura exige uma “conduta irrepreensível na vida pública e particular”. Se nos casos concretos pode haver zonas cinzentas a propósito do que é ou não “irrepreensível”, na dúvida, convém optar pela moderação. No direito, a forma é tão relevante quanto o conteúdo. As aparências importam. Não basta a um juiz ser imparcial, é preciso parecer. Não por acaso a judicatura é cercada de ritos, símbolos e figurinos – como a senhora vendada, a balança ou a toga preta – que representam a isonomia e a sobriedade necessárias à administração da Justiça. No direito, a forma é tão relevante quanto o conteúdo. As aparências importam. Não basta a um juiz ser imparcial, é preciso parecer. Não por acaso a judicatura é cercada de ritos, símbolos e figurinos – como a senhora vendada, a balança ou a toga preta – que representam a isonomia e a sobriedade necessárias à administração da Justiça”. Diante dos casos, cabe parodiar a máxima dos tempos do Império Romano de mais de dois mil anos atrás: À ministros e juízes, sobretudo os das Altas Cortes, não basta que sejam honestos e isentos; devem igualmente parecer honestos e isentos. Como finalizou muito bem o artigo, “juízes têm poderes especiais porque têm deveres especiais. Mas isso significa que têm também responsabilidades especiais: a parcimônia é uma delas”. Em duas palavras: ônus e bônus.

J. S. Decol

São Paulo

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JANJA

Janja levou ao Catar 12 assessores e policiais federais, (Estadão, 25/9, A11). Foram oito policiais federais responsáveis pela segurança da primeira-dama, inclusive uma delegada e um escrivão. Ou seja, um contingente para acompanhar, numa viagem internacional, uma pessoa que não tem cargo no governo, não fala nem trabalha em nome do País. A viagem foi à convite da sheikha do Catar, Mozah bint Nasser al-Missned. A assessoria da sheikha brasileira não se manifestou até o momento e certamente nem vai se manifestar. Aqui, é Brasil. Onde tudo pode e quem tem o poder não dá satisfação para ninguém. Aguardem os próximos capítulos de Janja pelo mundo.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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SEGURANÇA PÚBLICA

O governo jamais conseguiu em tempo algum tirar a arma da mão do bandido. Mesmo assim continua editando leis que beneficiam o infrator e cerceiam a ação policial. Igualmente, numa simples canetada, restringe ao máximo (praticamente proíbe) o uso da arma de fogo ao cidadão de bem, deixando-o à mercê da sanha do mal crescente, já que a segurança pública é um fracasso e as leis penais são pusilânimes. O cidadão brasileiro já não consegue indignar de tão acostumado que está com a violência. Só falta entrar em pânico.

Marcelo de Lima Araújo

Rio de Janeiro

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CÂMERAS POLICIAIS

Depois de cinco anos de operação, Santa Catarina, o primeiro Estado a adotar câmeras corporais acopladas às fardas dos policiais, deixou de aplicar o equipamento no último dia 16. Os motivos são o alto custo com a manutenção e armazenamento das imagens coletadas e a defasagem tecnológica dos equipamentos. O governo catarinense procura alternativas mais econômicas e eficazes para substituir os equipamentos, que já estão fora de circulação. As câmeras corporais existem há uma década e foram inicialmente empregadas nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. Em São Paulo, onde as câmeras operam desde 2020, o governador Tarcísio de Freitas lançou em maio um edital para a compra de novos aparelhos, mais modernos e com a possibilidade de o policial usuário ligar e desligar a filmagem. Setores mais radicais defendem que toda a operação policial seja filmada, independente da ação do agente. Enquanto Santa Catarina suspende o programa e São Paulo o redefine com características próprias, o governo federal já firmou acordo com 15 Estados para neles implantar as câmeras. Recentemente, o Rio de Janeiro foi compelido pelo Supremo Tribunal Federal a também passar a utilizar o sistema. A adoção e o emprego das câmeras acopladas à vestimenta do policial em operação são polêmicos e explicitam às clássicas divergências entre os críticos da segurança e as polícias. Na visão de ongueiros e outros interessados no tema, a função principal da câmera é evitar que o policial cometa excesso e isso resulte na morte de pessoas, sejam elas criminosos ou eventuais transeuntes das área em operação. Mas, no lado dos policiais, a visão é que, levando a câmera no peito, além de tomar cuidado para não sair da faixa aceitável de força e energia, o agente tenha com que provar a regularidade do seu serviço e não corram o risco de sofrer retaliação de ativistas que, na falta de provas, forçam as denúncias de violência, que resultam em inquéritos, processo e até perda do cargo e da carreira onde ingressaram por concurso. Antes de exigir que o policial coloque a câmera no peito, o governo Federal, as demais autoridades e a sociedade deveriam apresentar estudos comprovando que o uso das câmeras melhora a eficiência das polícias no combate à criminalidade. Raciocinar até onde isso ajuda a melhorar o índice de Segurança Pública. Evidente que não. É inadmissível que o agente policial, detentor de fé pública, como tantos outros servidores, sejam vigiados no cumprimento de sua tarefa. Se essa ideia se alastrar, não demorará para que todo funcionário, inclusive as alta autoridades sejam obrigados a se sujeitar à indiscrição da imagem que dará a terceiros a condição de julgar suas atividades. Todos temos de compreender que vivemos num país com leis, os agentes públicos são dotados de direitos e deveres e quando, eventualmente, algum descumpre sua obrigação, existem mecanismos tanto de suas corporações quando do Poder Judiciário para fazer as devidas reparações. Setores insuspeitos da sociedade precisam se interessar pela questão para evitar que as câmeras, em vez de aumentar a segurança de todos, sejam empregadas como instrumentos de divergência e disputas entre opostos e até de ideologias políticas. O custo da tecnologia e de sua operação é alto e só se justifica quando produz efeitos positivos e, principalmente, preservadores da integridade da vida. Tudo o que fugir a essa premissão é indevido.

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

São Paulo

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PROJEÇÃO DO BANCO CENTRAL

Essa projeção do Banco Central, de que o PIB de 2024 será de 3,2% (contra 2,9% em 2022 e 2023), de forma populista, só o Planalto comemora. Mesmo porque, o mercado e especialistas não veem sustentação neste crescimento como estimado também pelo BC, PIB de apenas 2% para 2025. E essa desconfiança dos analistas é em função de termos um presidente que gasta mal e o que não tem, e despreza o equilíbrio nas contas públicas. E como resultado desta incapacidade de entender do Planalto, que a base de sustentação de um crescimento econômico é calcado no equilíbrio fiscal, a inflação sobe e a previsão é que feche em 4,3% neste ano. E não por outra razão que hoje, felizmente o autônomo BC, preocupado com o descontrole dos gastos, além da alta da taxa básica de 0,25% e 10,50% ao ano, na última reunião do Copom, previu que a Selic poderá fechar o ano em 11,50%. Em face à essas projeções de alta da Selic, o BC estima também uma redução da atividade econômica neste segundo semestre. E essa conta de juros mais altos será paga pelas empresas, consumidor final e principalmente aqueles beneficiários do Bolsa Família, que Lula diz protejer.

Paulo Panossian

São Carlos

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REVOLUÇÃO MORAL E CÍVICA

Incrível a dificuldade em banir as apostas online, já tem gente defendendo a liberdade do cidadão em usar a ajuda emergencial recebida do governo com as aposta, que estão embolsando R$ 3 bilhões diretamente do programa Bolsa Família. O Brasil se tornou um estado criminoso, governado por um ex-presidiário, as necessidades do crime organizado vem sempre em primeiro lugar. O governo Lula defende o direito do cidadão tocar fogo na floresta para fazer o seu roçado. Enquanto Lula da Silva for o presidente está garantido o direito ao desmatamento ilegal, assegurado até 2030. Agora, o Estado se organiza para defender o direito de quem vive às custas do dinheiro do Bolsa Família passar o dia inteiro jogando nas “bets”, afinal, para Lula, trabalhar sempre foi coisa de otário. O Brasil precisa de uma revolução moral e cívica que livre o país desse lixo de sistema político partidário que premia a corrupção e a roubalheira generalizada, e recrie o país em outras bases.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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‘BETS’

Não faz muito tempo, com a influência de grupos e sob o argumento de que desenvolveria o turismo e geraria emprego, houve a volta dos bingos. Não demorou, foram fechados porque os aposentados viciaram-se na jogatina, causando problemas sociais. Tudo se repete com as “bets”; agora integrantes do Bolsa Família despejam R$3 bilhões nesses jogos. Jovens se endividam. Para resolver: só encarar o grupo dos poderosos, bloquear tudo, a exemplo do que foi feito com o X. O Brasil não precisa dessas “bets”. Que os clubes de futebol busquem outros financiadores.

Paulo Tarso J Santos

São Paulo

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APOSTAS ONLINE

Os brasileiros não jogavam e/ou apostavam em jogos de azar, cassinos ou “bets”, antes da legalização? Se sim, qual era o volume de dinheiro gastos na jogatina? Na minha opinião, como era proibido e feito de forma clandestina, o governo e a mídia não possuíam tais informações. Será que não é graças à legalização das apostas eletrônicas que atualmente o governo está conseguindo apurar como crianças, adolescentes e beneficiários do Bolsa Família, de forma irresponsável e/ou induzidos por falsas propagandas, estão ficando viciados e endividados? Será que o problema está na lei ou na propaganda enganosa? Antes da legalização, quem nunca ouviu falar do Tigrinho ou jogou pôquer online? Mesmo proibido, quantos brasileiros consomem drogas ilícitas e/ou abortam? Será que a culpa é da lei ou a lei ajuda a trazer luz sobre dados importantes que atualmente ficam nas sombras? Com dados apurados e conhecidos, não é mais fácil para o governo tomar decisões para combater o vício de jogos e drogas ilícitas, assim como abortos? Ou será que é melhor continuar empurrando a sujeira para debaixo do tapete e fingir que ninguém joga, ninguém se droga e nenhuma mulher aborta, de livre e espontânea vontade ou sob pressão do dono do esperma? Quando vamos deixar a hipocrisia de lado e encarar os problemas de frente?

Maria Carmen Del Bel Tunes

Americana

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ECONOMIA CHINESA

A economia da China enfrenta desafios significativos atualmente, e o sucesso do último plano de resgate permanece incerto. As medidas de estímulo monetário, que incluem mais financiamento e cortes nas taxas de juros, podem ajudar a revitalizar a economia e restaurar a confiança, mas também apresentam riscos de falha. A economia tem enfrentado pressões deflacionárias que o governo espera combater com o novo estímulo. No entanto, será que essas medidas conseguirão reverter problemas estruturais como a demanda doméstica fraca, o alto endividamento e a grande crise no setor imobiliário? Provavelmente, não. Embora haja indícios de melhoria no curto prazo, os próximos meses serão cruciais para determinar se essas ações serão capazes de promover uma recuperação econômica robusta e sustentável.

Jorge A. Nurkin

São Paulo

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CONDENADO INJUSTAMENTE

Um homem inocente foi condenado à pena de morte por um crime que ele não cometeu em 1966. O ex-boxeador Iwao Hakamada permaneceu 46 anos no corredor da morte entre 1968 e 2014, quando foi determinada sua liberdade condicional e ele permaneceu dez anos aguardando um novo julgamento. Mesmo assim, a pena de morte ficou mantida, mas estava suspensa. Agora, finalmente, houve o reconhecido que Hakamada foi interrogado dia e noite durante 20 dias. Foi espancado e impedido de dormir. No vigésimo dia, ele cedeu e assinou uma confissão, mas a retirou quando houve o início do julgamento naquela época. Por último, o juiz do Tribunal Distrital de Shizuoka, a oeste de Tóquio, declarou que o sangue da roupa encontrada num tanque perto da cena do crime não pertencia ao ex-boxeador e, portanto, o réu foi absolvido. Uma batalha judicial que durou mais de meio século no Japão e mostra o perigo do erro judicial com a pena capital.

Luiz Roberto da Costa Jr.

Campinas

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‘DIPLOMACIA’

Prezado presidente Lula, se o seu amigo Nicolás Maduro mudasse de ideia e em vez de tentar invadir a Guiana, invadisse o Brasil, o senhor, como esperto que é, ao contrário de Volodimir Zelenski, resolveria o caso diplomaticamente?

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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‘MEDIADOR MUNDIAL’

A China faz o jogo da Rússia, que invadiu a Ucrânia, ex-República dominada pela URSS, como a China tenta fazer com Taiwan, que considera parte da China. O Brasil de Lula entra de metido em política internacional sem a mínima competência. Zelenski denunciou a pretensão de Lula como desejo de se promover como mediador mundial às custas da invasão imperialista de Vladimir Putin, em busca de inimigos externos para continuar ditador de todas as Rússias, como um novo Czar totalitário.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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DIÁRIO DE ANTONIO CANDIDO

Belo resgate dos diários de Antonio Candido na forma de imagens e depoimentos, conforme reportagem Legado da palavra (Estadão, 26/9, C1 e C3). Esperamos que o material possa ser publicado na íntegra, aproveitando a menor dificuldade de transcrição dos textos, pressupondo que Candido possuía uma letra boa e legível, ao contrário de muitos de nossos literatos. Além disso, o Estadão poderia aproveitar e lançar conjuntamente o Suplemento Literário na forma de livro para que oxigenasse a crítica literária atual.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas