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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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9 min de leitura

1º de Maio

Caos empregatício

Dia 1.º de Maio é o Dia do Trabalho, e o presidente Lula da Silva e a sua tigrada têm muito o que comemorar. Afinal, a insistência do governo em reonerar a folha de pagamentos dos maiores empregadores do País, derrubando matéria já decidida pelo Congresso Nacional, pode tomar um rumo de caos empregatício. Parabéns, Lula!

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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PT x trabalhadores

Este é o jogo do momento: Partido dos Trabalhadores (PT) versus trabalhadores do Brasil. O governo insiste na derrubada da desoneração da folha de pagamentos para os 17 setores da economia que mais empregam, o que poderá provocar o desemprego de mais de 9 milhões de pessoas (Estadão, 30/4, B4).

Arcangelo Sforcin Filho

São Paulo

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Política econômica

Sanha arrecadatória

Está difícil de acreditar na política econômica do atual governo, que utiliza uma cartilha do século retrasado. Todas as suas medidas são baseadas em aumento da arrecadação de impostos, não envolvendo nunca redução de gastos e corte de desperdícios. Este governo desconhece o princípio de que o aumento constante dos impostos pode chegar a empobrecer a classe trabalhadora? A sanha arrecadatória é impagável, enquanto, de outro lado, a tabela do Imposto de Renda segue defasada em cerca de 150%. Está claro que a política do governo tem como parâmetro a sucessão presidencial, e não o benefício do trabalhador. Estamos no século 21, mas sendo administrados por conceitos do século 19. A sociedade tem de reagir e mudar este estado de coisas, incompatível com a nossa atual realidade.

João Ernesto Varallo

São Paulo

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Herança de FHC

Quando Lula reclamava de que FHC lhe havia deixado uma herança maldita, eu e outros brasileiros o criticamos. Mas ele estava certo: FHC deixou, sim, uma herança maldita, mas para os brasileiros: o próprio Lula.

Laércio Zanini

Garça

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Setor elétrico

Barulho e oportunismo

O editorial Mais barulho no setor elétrico (Estadão, 30/4, B4) vai direto ao ponto. Depois de concluir que a tarifa de energia elétrica precisa ser reduzida, o governo petista faz o que sabe fazer: centraliza as decisões e promove o aparelhamento da agência reguladora. É evidente que a má-fé e/ou a incompetência é predominante quando, em crises, se transformam oportunidades em caos, pelo oportunismo. As tarifas nos EUA – um país territorialmente semelhante ao Brasil, com todo o sistema elétrico também interligado e com energia elétrica predominantemente de origem fóssil – são de 30% a 40% mais baratas que as praticadas no Brasil, entre outros motivos por ter aquele país um poder concedente descentralizado, profissional e independente. Solução, quando realmente se deseja, existe.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

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Ayrton Senna

30 anos daquele domingo

1.º de maio de 1994, jamais me esquecerei. Domingo de sol, feriado, Fórmula 1 na televisão e futebol. Tinha tudo para ser perfeito. Hoje se completam 30 anos desde que Ayrton Senna se foi. Uma perda que sangrou o Brasil. Senna foi brilhante todas as vezes que entrou num carro de corrida. Um ídolo acima de torcidas, tricampeão mundial de Fórmula 1 (1988, 1990 e 1991), Ayrton Senna da Silva é inesquecível. Fez história e está eternizado na lembrança de todos os brasileiros.

José Ribamar Pinheiro Filho

Brasília

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Depois de Senna

Após a tragédia do GP de San Marino, há 30 anos, a Fórmula 1 introduziu imediatamente a prancha de madeira no assoalho dos carros no GP de Mônaco para minimizar os riscos de stoll frontal, excesso de passagem de ar que pode desestabilizar o carro e provocar acidente por não permitir sua condução. Mas houve outros fatores contribuintes: baixa pressão dos pneus, após seis voltas em safety-car; vibração no volante em decorrência da solda na barra de direção; existência de um sistema de direção hidráulica para reduzir o esforço do piloto para virar o volante; mudança do ângulo na tomada da curva, no início da sétima volta, em decorrência da fatídica ondulação na entrada da curva Tamburello, em Ímola. Por fim, a fatalidade do braço da suspensão perfurar a viseira do capacete, cujo espaço havia sido aumentado para ampliar a visão lateral de Ayrton Senna.

Luiz Roberto da Costa Jr.

Campinas

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

AGENDA DE MINISTROS

Ao ler a matéria Maioria dos ministros do STF esconde agendas de eventos e audiências com políticos e advogados (Estadão, 30/4, A8) sobre as agendas secretas de ministros do glorioso Supremo Tribunal Federal (STF), proponho, apesar de que não vingará, a quebra de sigilo dos senhores togados. A sociedade precisa saber para onde vão e o que fazem. Aceitar esse convite pra Londres já foi um erro enorme. E o glorioso Dias Toffoli que nem juiz é, cancelou todos os acordos de leniência da, infelizmente, falecida Lava Jato. Mas por quê? Mais uma agenda secreta? A Constituição não diz que “ninguém está acima da lei”? Quebra de sigilos já. Não podemos ter agendas paralelas.

Renato Camargo

São Paulo

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DEPLORÁVEL ALIANÇA

O editorial O Brasil no ‘Eixo da Revolta’ (Estadão, 30/4, A3) realmente me deixou revoltado, não que tenha sido uma notícia nova para mim, mas porque reativou em mim a vergonha de ser brasileiro. Nunca pensei ver o meu país aliado a Coreia do Norte, Irã, China e Rússia. O que esse senhor Lula da Silva está impondo à nação brasileira deveria ser motivo para colocá-lo de volta na cadeia. Ele lá esteve por outros crimes, crimes que nunca provou que não cometeu. A aliança que o colocou na cadeira presidencial não lhe outorgou o direito de tornar o Brasil sócio de párias internacionais. 2026 ainda está longe e os estragos que este senhor ainda pode fazer pela imagem do País não têm paralelo na história, nem mesmo durante a ditadura militar.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador (BA)

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RELAÇÕES EXTERNAS

Sobre o editorial O Brasil no ‘Eixo da Revolta’ (Estadão, 30/4, A3), irretocável!

Albino Bonomi

Ribeirão Preto (SP)

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DIPLOMACIA BRASILEIRA

Em relação ao editorial O Brasil no ‘Eixo da Revolta’ (Estadão, 30/4, A3), gostaria de tecer os seguintes comentários: por pior que seja a administração federal atual, não é o fim do mundo o comércio com países pertencentes a eixos diferentes – a própria União Soviética fez acordos e comercializava normalmente com a Alemanha Nazista até pouco antes da invasão do seu território pelos exércitos de Hitler. Os Estados Unidos importavam petróleo da Venezuela sob Hugo Chávez e Nicolás Maduro. Enfim, é assim a realidade da economia internacional. O que está errado é achar que a atual posição diplomática brasileira é realmente relevante como liderança internacional. Por exemplo, o que o Brasil está fazendo pelo Sudão despedaçado pela sangrenta guerra, que já obrigou milhões a saírem de suas casas e causou incontáveis mortes? Mandou tropas? Mandou médicos, enfermeiros, medicamentos ou mantimentos? Fez apelos dramáticos para uma ação concreta pela ONU? Ou apenas emitiu declarações de lamento pela situação e, na prática, deu as costas ao povo do Sudão e seu sofrimento atroz? E o que dizer do Haiti? E de tantos outros países em situação de conflito mundo afora? É isso o que se esperaria de um País que aspira a posição de liderança do chamado ‘Sul Global’, e que até preside o banco dos BRICs, que tem bilhões em caixa? Como a comunidade internacional pode levar em conta um País com uma política externa tão débil e vacilante que, na prática, parece ondular com o vento? Tristes trópicos.

Fernando T. H. F. Machado

São Paulo

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GASTOS DO GOVERNO

Este governo de Lula 3 não tem suporte para criticar gastos não só do Congresso Nacional, como também dos demais poderes da República e seus subalternos. Eis que gasta, gasta mal, na maioria das vezes; rechaça conselhos de parcimônia nos gastos públicos e quer gastar achando como a ex-presidente Dilma Rousseff que gastar é vida. Para o governo, o arcabouço fiscal deve se acomodar às suas pretensões e conveniências políticas. Na verdade, o déficit zero é história da carochinha; é conversa para adormecer bovinos. O resultado é: se já é ruim sob todos os ângulos, para o governo será muito pior.

José Carlos de Carvalho Carneiro

São Paulo

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‘ATOS ABUSIVOS’

“Basta de abuso e politização”. Esclarecedora, mais uma vez, as colocações de Carlos Alberto Di Franco no artigo STF – basta de abuso e politização (Estadão, 29/4, B2). Gostava da epóca que a maioria dos brasileiros sabia escalar a seleção brasileira de futebol e, praticamente, não sabia o nome dos ministros do Supremo Tribunal Federal. E hoje, hein? Pobre Brasil!

Sérgio Augusto Diniz Gomes

São Paulo

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QUADRO LAMENTÁVEL

O show da cantora Madonna na praia de Copacabana é o máximo do acinte à situação de caos que vive a capital fluminense. A segurança pública, o desastre do crescimento desmesurado da população de rua, o deslumbramento do prefeito e o contraste com a arrogância e ostentação da artista explicitam o quadro lamentável da outrora princesinha do mar.

Mário Negrão Borgonovi

Petrópolis (RJ)

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MADONNA EM COPACABANA

A bondade do show gratuito da cantora Madonna prevê um ganho pessoal de US$3 milhões pagos pelos três patrocinadores (cerveja, banco e beleza), e o gasto de R$10 milhões para a cidade do Rio de Janeiro, patrocinados pelos impostos pagos pelos cidadãos da cidade. Que bom para a imagem do Brasil, para a alegria dos fãs e para o bolso da cantora.

Carlos Gaspar

São Paulo

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MEGA EVENTOS NO RIO

O dois mega eventos artísticos que o Rio terá este ano, com o show da Madonna em Copacabana e o Rock in Rio comemorando seus 40 anos de existência, devem movimentar milhões de participantes. O show da Madonna equivalerá a uma festa de final de ano, enquanto o Rock in Rio terá pela primeira vez a participação de artistas nacionais de variados estilos, principalmente sertanejos, que darão uma forte capacidade de estilo.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro

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‘MAISDONNA’

Madonna já está no Rio de Janeiro para nos encantar; a Maisdonna (Janja da Silva) está em Brasília para nos decepcionar.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

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30 ANOS SEM SENNA

Trinta anos depois do acidente fatal que vitimou o piloto Ayrton Senna, ninguém lembrou de dizer que bastaria que houvesse uma caixa de brita e proteção de pneus na famigerada curva Tamburello para que Senna estivesse vivo até hoje. Toda investigação conduzida pela justiça italiana focou no carro inglês e ignorou a ausência de proteção naquela curva do circuito italiano de Monza, que já havia feito outras vítimas fatais. Depois da morte de Ayrton Senna, a curva Tamburello foi redesenhada.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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GRANDEZA DE AYRTON

O nosso inesquecível Ayrton Senna foi tão incrível que é até difícil definir o que era mais impressionante nele. Foi um grande piloto. No final, o que nós lembramos é da sua grandeza.

José Ribamar Pinheiro Filho

Brasília

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NOVO BATERISTA DO SLIPKNOT

Começo essa carta dizendo o quão importante foi a matéria Baterista do Slipknot é brasileiro? Quem é Eloy Casagrande, suposto novo músico da banda de metal (Estadão, 26/4), pois a diversidade musical e sua divulgação faz com que mais pessoas saibam da qualidade musical que tem nosso país. Slipknot marcou uma geração e fez parte de um movimento que reinventou o rock, assim quando o Sepultura, banda brasileira na década de 90, lançou o Roots e se destacou como uma das principais referências no thrash metal, que Eloy entrou em 2011. Para quem acompanha a cena do metal já conhece Eloy Casagrande, um monstro da bateria, e sabe que não é apenas técnico e sólido, Casagrande tem feeling e uma ginga brasileira que o destaca diante de tantos nomes de peso. Casagrande é nosso, é do Brasil. Baterista de alto grau de complexidade que consegue tocar diversos estilos musicais no compasso, com ritmo e força. Como brasileira, sinto muito orgulho de como ele representa nosso país. Para os fãs não há dúvida que o novo baterista do Slipknot seja o nosso brasileiro, mas o tempo dirá e comprovará.

Veronica C. P. Avanci

São Paulo

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RISCO CARDÍACO

Em relação à matéria Como a poluição de SP afeta o risco cardíaco de seus moradores? Estudo da USP responde (Estadão, 29/4, A14), o estudo da USP comprovou os danos cardíacos. Mas estes e vários outros danos todos já tinham boa noção. Em São Paulo, havia inspeção veicular, suspenso pelo ex-prefeito Fernando Haddad em 2013. Tal irresponsabilidade merece ser objeto de ação pública, via Ministério Público. Quantos cidadãos foram e são prejudicados por essa ignorância e prováveis interesses espúrios? Somos pela volta da inspeção e melhor controle para mais proteção à saúde.

Pedro S. Sassioto

São Paulo

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RIO POLUÍDO

Concordo em gênero, número e grau com o excelente texto da doutora Luiza Nagib Eluf, Em defesa dos rios de nosso Estado (Estadão, 27/04, A4). Aborda o tema com propriedade, portanto, merece a atenção de políticos e pessoas que insistem e persistem em desrespeitar a natureza. O Rio Tietê, seu foco principal de críticas e sugestões, outrora navegável e palco de várias competições esportivas, a partir da década de 50, em razão do crescimento populacional e industrial desorganizado, passou a receber esgotos domésticos e industriais, deixando suas águas poluídas e contaminadas. De águas rápidas e límpidas dos velhos tempos, para lentas, quase paradas e fétidas, em razão da incúria de administrações instaladas ao longo do tempo, está fadado a desaparecer para dar lugar, como se cogita, a outras pistas de rolamentos na Marginal, pois é mais fácil encobrir sujeiras do que salvar o rio que já foi símbolo da cidade de São Paulo.

Sergio Dafré

Jundiaí (SP)