Eleição em São Paulo
Cadeirada no debate
A realidade é insana. Nunca se viu um número tão grande de candidatos à Prefeitura de São Paulo despreparados – e o mesmo se diga em relação ao Legislativo. O sofrido cidadão não vê propostas para a cidade e qualquer visão do futuro tem uma opção entre o ruim e o péssimo. Infelizmente, a cadeirada no debate é o mais evidente resultado de termos partidos políticos concentradores e enganadores, que comem bilhões do Fundo Partidário e nos apresentam um espetáculo circense em troca.
Carlos Henrique Abrão
São Paulo
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‘Pastelão’
Na sociedade do espetáculo, não há espaço para manter a sobriedade, a compostura e o caráter propositivo nas campanhas políticas. O embate se destaca por ataques, mentiras e agressões verbais. A radicalização política e a polarização ideológica levam a atitudes extremas para ganhar destaque no noticiário e chamar a atenção do público e da audiência. O show de gênero “pastelão” da cadeirada de 2024 é apenas a antessala do que vai ocorrer na eleição de 2026.
Luiz Roberto da Costa Jr.
Campinas
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Violência eleitoral
Será que para serem eleitos os candidatos precisam ser agredidos? Para presidente, uma facada; para prefeito, uma cadeirada. Para governador, veremos daqui a dois anos.
Carlos Alberto Roxo
São Paulo
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Despreparados
Mesmo depois da deplorável cena de agressão física que aconteceu no debate dos candidatos à Prefeitura de São Paulo no domingo, os dois candidatos homens remanescentes continuaram com as agressões verbais. A seguir esta queda vertiginosa de nível, pode-se chegar ao extremo de ter de enjaular os candidatos durante os debates – exceção feita às duas mulheres que mantiveram a civilidade e discutiram propostas. A verdade é que nenhum dos candidatos homens parece ter inteligência emocional, bom senso e muito menos preparo para comandar uma cidade complexa como São Paulo. Democracia é liberdade de expressão, não liberdade de agressão. Triste cenário indecoroso.
Ricardo Yazigi
São José dos Campos
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Dignas do voto
A que ponto chegamos na política no Brasil! Na eleição do “corte”, gente sem qualquer preparo usa apenas uma ferramenta: a agressão. As únicas dignas do voto do eleitor paulistano são as duas mulheres na disputa, a deputada Tabata Amaral e a economista Marina Helena. De campos ideológicos distintos, são elas – apenas elas – que apresentam propostas.
Alfredo Tucunduva
São Paulo
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Eleição nos EUA
Políticos irresponsáveis
Em excelente artigo no Estadão (A normalização da irresponsabilidade, 15/9, A19), como sempre, Lourival Sant’Anna explica tudo. De fato, estamos vivendo um momento de muita irresponsabilidade em todo o mundo. As mentiras de Donald Trump e o sonho brasileiro de normalização econômica parecem coisas inacreditáveis. Quando a irresponsabilidade se torna um bem valorizado ou uma estratégia de negociação, algumas péssimas consequências podem surgir. Essa forma de manipulação cria um desequilíbrio na dinâmica da relação política muito perigoso. Quando líderes ou candidatos agem de maneira irresponsável, podem desvalorizar o compromisso social e a ética, promovendo uma cultura de impunidade. Isso vai resultar na desconfiança do público em relação à política e às instituições. Histórias falsas podem ser um primeiro passo para promover comportamentos irresponsáveis e pouco saudáveis. E, neste momento em que o mundo enfrenta principalmente uma crise no clima, encorajar a responsabilidade é essencial para construir esperança.
Luis Norberto Pascoal
São Paulo
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Urbanismo
Florestas urbanas
Foi um alento para todos nós, que amamos a cidade de São Paulo, a publicação do inteligente, corajoso e sábio artigo Por que não florestas urbanas?, de José Renato Nalini (Estadão, 16/9, A4). Infelizmente, a cada vez mais escassa luz solar na cidade, a circulação de ar cada vez mais prejudicada e a frequente alteração do Plano Diretor, sempre em favor dos interesses de incorporadoras, impedem o planejamento de longo ou mesmo de médio prazo pelo paulistano quanto à qualidade de sua moradia e vida.
Tibor Rabóczkay
São Paulo
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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
DEBATE DE SP
A técnica empregada por candidatos populistas de provocar seus oponentes até que estes percam a paciência, para então utilizar a reação contra eles mesmos, é um expediente já conhecido na história política. Tal método, outrora utilizado por regimes totalitários, como o nazismo, o fascismo e o integralismo, reflete a intenção de desqualificar o debate, desviando-o do campo racional e enriquecedor. Longe de promover a dialética necessária à construção democrática, essa estratégia rebaixa o nível das discussões públicas, transformando o espaço político em arena de espetáculo e manipulação. Em vez de ideias e propostas, prevalece o ataque pessoal, que empobrece a inteligência coletiva e ofende a tradição de debates civilizados. É um comportamento que envergonha o Brasil e compromete a seriedade da política, corroendo as bases da democracia ao apequenar o discurso público em prol de interesses imediatistas e mesquinhos.
Luciano de Oliveira e Silva
São Paulo
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CIRCO DE HORRORES
O clima no Brasil está cada vez mais quente, literalmente. Como se não bastasse diferentes parte do país sendo consumido pelo fogo, os candidatos à prefeitura de São Paulo, a maior e mais rica capital do Brasil, promoveram as cenas lamentáveis do debate na TV Cultura, e provam que estamos carentes de líderes: pessoas preparadas, responsáveis e emocionalmente confiáveis para lidar com problemas reais que nos afligem. Em meio ao que seria um debate de ideias, o que vimos foi um circo de horrores, com troca de acusações e um desfecho lamentável.
Luiz Thadeu Nunes e Silva
São Luís
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BAIXARIA POLÍTICA
Certas atitudes devem ser punidas com expulsão, assim é no futebol. No mundo da política o mesmo deveria acontecer. Não é aceitável agressões verbais muito menos físicas de um candidato contra outro: é hora de rever as regras e mudar as leis eleitorais, caso contrário teremos essa baixaria política que ninguém merece.
Roberto Solano
Rio de Janeiro
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‘VOTAR NO MENOS PIOR’
No início da campanha, a deputada federal Tabata Amaral – jovem de origem humilde que fez uma carreira brilhante e mostra na Câmara Federal seu apoio para que nossa juventude pobre tenha chance de crescer na vida –, propôs a José Luiz Datena que entrasse na chapa dela como vice. Se ele tivesse aceitado teria aberto espaço para que, juntos, vencessem a eleição e iniciassem um ciclo transformador na nossa cidade. Dessa forma, não reelegeríamos uma pessoa que interrompeu a Avenida Santo Amaro por quase dois anos para parir um ratinho insignificante e não elegeríamos o candidato apoiado por Lula, cujas ideias do século passado nos levarão a uma maior decadência. Dessa forma, no segundo turno, voltaremos à nossa rotina de votar no menos pior. Que tristeza!
Aldo Bertolucci
São Paulo
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PRÓXIMO EMBATE
São Paulo é a maior, mais rica e mais importante cidade do Brasil. Só isso já mereceria o devido respeito dos candidatos que pretende administrá-la nos próximos quatro anos, no mínimo. As cenas de desrespeito entre os postulantes ao cargo de prefeito, que culminou com a agressão física do apresentador Datena ao coach Pablo Marçal, foram deprimentes. Quem sabe não seria melhor e mais seguro que para o próximo embate, com duplo sentido, os promotores reservassem um ringue, com os concorrentes equipados a caráter.
Abel Pires Rodrigues
Rio de Janeiro
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‘DEBATE E APANHA’
Do debate e apanha restaram alguns versos: no ímpeto da ignorância, cadeiras voam, revelam as índoles perversas de agredidos e agressores, perdemos todos, mas ganham os midiáticos sem qualquer sustância em suas falas controversas, pois só por valores perdem os modos e cliques remunerados ganham.
Adilson Roberto Gonçalves
Campinas
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VIOLÊNCIA NA POLÍTICA
A agressão no debate entre os candidatos Datena e Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo foi uma baixaria e falta de respeito ao telespectador, que não merece isso. Essas atitudes não contribuem em nada. Mas isso era esperado. A violência na política tem recrudescido muito.
Panayotis Poulis
Rio de Janeiro
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CONTAS PÚBLICAS
A matéria publicada no caderno de economia e negócios, intitulada BC vê rombo R$ 40 bi maior que a Fazenda e economistas fazem alerta (Estadão, 16/9, B1), que trata da diferença apurada entre os valores do déficit primário estimado pelo Banco Central e Ministério da Fazenda, pode até ser levada em conta considerando que o BC calcula por técnicas econômicas e contábeis, e a Fazenda um tanto pelo lado político. O que assusta mesmo é a importância de R$ 40 bilhões. Mas sabe-se bem, quem acompanha diariamente as matérias de economia publicadas por este jornal, que o déficit primário e o público do governo brasileiro, que ninguém aguenta mais ler e ouvir, advêm com gastos absurdos, incompreensíveis e inaceitáveis com as tais emendas de todas as espécies ao Congresso Nacional; desvios de verbas dos ministérios; elevados salários acima do teto constitucional para o funcionalismo da elite e mais ainda, para os privilegiados membros dos Poderes da Justiça. Demais, não poderia deixar de relacionar os privilegiados com aposentadorias vultosas e escandalosas aos humildes e remediados segurados do INSS, que o governo não tem coragem de suspender esse assalto que tanto abala o Orçamento da instituição. Isso é uma vergonha. Enquanto isso perdurar, o Brasil de encantos mil, pode quebrar ou não? Não vai prosperar nunca como muitas das nações asiáticas porque lá tem nacionalismo político à bem do país e de seu povo. Pensem nisso.
Jorge Atique Cury
São Paulo
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PODER MAIOR
A Constituição do Brasil diz que no país existem Três Poderes a saber: Executivo, Legislativo e Judiciário. A pergunta: Qual deles tem o maior poder, ou seja, em casos de conflitos, qual deles tem o poder de dar a decisão final? Lemos na edição desta segunda-feira, 16/9, do Estadão as absurdas verbas públicas que são destinadas ao Judiciário. Não há poder ou poderes para contestar isso? E os cidadãos brasileiros continuarão a fazer vistas grossas a estes assaltos aos cofres públicos?
Waldemar Casagrande
São Bernardo do Campo
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SÉRIE PAÍS DOS PRIVILÉGIOS
Pagamento acima do teto para magistrados chega a RS 4,5 bilhões (Estadão, 15/9, A8 e A9). Tribunal de Goiás pagou mais de R$ 1 milhão em salários a 58 juízes em burla ao teto em 2023 (Estadão, 15/9, A8). Arranjo corporativo eleva custo com ‘penduricalhos’ a R$ 9,3 bi (Estadão, 4/2, A8 e A9). Reajuste de auxílio a juízes federais custa R$ 241 milhões aos cofres públicos (Estadão, 12/9, A7). Mercado de palestras rende cachês para ministros do STF, STJ e TST (Estadão, 1/9, A8). Ao melhor estilo de Robin Hood às avessas, Luiz Inácio, ao criar impostos escorchantes que punem o infeliz trabalhador brasileiro, “tira dos pobres para dar aos ricos”. Cabe a todos os segmentos da sociedade exigir medidas enérgicas e imediatas, para que se reverta essa vergonhosa situação.
Maurilio Polizello Junior
Ribeirão Preto
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EFEITO TOFFOLI
O Estado vem publicando ao longo de um ano inúmeros editoriais sobre as canetadas monocráticas do ministro Dias Toffoli, sendo o mais recente – brilhante, por sinal – com a chamada A impunidade ganha um nome (Estadão, 14/9, A3). O nome é Efeito Toffoli. Em primeiro lugar, é fundamental que mais artigos e mais jornalistas e assinantes do Estadão continuem expressando suas indignações diante das atitudes deste ministro. Aliás, que não devia nem estar onde está porque foi reprovado em um exame da OAB e foi advogado do Partido dos Trabalhadores, o que não é demérito para ninguém, mas deveria ser um impeditivo moral para que fosse indicado e aprovado para assumir um lugar no Supremo. O não esquecimento do assunto pode gerar – espero que isso aconteça – uma tortura psicológica sobre os demais ministros da Corte, até que o Efeito Toffoli seja levado ao Plenário e enterrado em cova profunda com uma guirlanda e os dizeres: Efeito Toffoli - RIP.
Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva
Salvador
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RECONSTRUÇÃO DO RS
O projeto de lei que trata de medidas de compensação para a desoneração da folha de pagamento, incorporando os recursos esquecidos (em torno de R$ 8,6 bilhões) ao Tesouro Nacional, desvirtua por completo a proposta original, apresentada no Fórum dos Leitores sob o título A Reconstrução do RS - Dinheiro Esquecido (Estadão, 12/6, A4). A ideia original era (como ainda é) que “esses recursos poderiam ter destinação útil e produtiva para a sociedade, em especial para a reconstrução do Rio Grande do Sul, preservando o direito de seus donos e herdeiros”, mas de forma que “...seus titulares (desses recursos) poderão sacar a qualquer tempo”. A circulação desses recursos ensejaria a recuperação célere do 4.º maior PIB do Brasil (RS, posição 2023, atrás apenas de SP, RJ e MG), além da geração de emprego, renda e impostos em todos os níveis, tendo repercussão positiva não apenas para os Pampas, mas beneficiando todo o Brasil.
Milton Córdova Júnior
Vicente Pires (DF)
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SEGURANÇA DE TRUMP
No dia 13 de julho, Donald Trump foi ferido na orelha por um disparo efetuado por um atirador em cima de um telhado, na Pensilvânia. No último domingo, Trump estava jogando golfe sob a mira de um atirador escondido nos arbustos, na extremidade do campo. Os agentes do Serviço Secreto atiraram neste homem, que tinha um rifle semiautomático com mira telescópica. O suspeito da tentativa de assassinato, Ryan Wesley Routh, foi levado sob custódia. Diante dos fatos, o candidato a presidente precisa se expor menos, a fim de garantir a sua segurança. Duas investidas, em apenas dois meses, são suficientes para que Trump e sua equipe fiquem mais cautelosos.
José Carlos Saraiva da Costa
Belo Horizonte
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SUSPEITO NO CAMPO DE GOLFE
Ryan Wesley Routh, de 58 anos, é o suspeito preso ao tentar assassinar Trump em um campo de golfe na Flórida. Armado com um AK-47, pretendia filmar sua ação. Sua mente doentia imaginava representar “o bem contra o mal”, segundo suas próprias palavras. Profundamente doutrinado pela mídia pró-democrata, um fantoche produzido e a serviço do sistema. Achou que faria o maior sucesso, matando pela democracia. Algo semelhante aos que empunham os meios da justiça americana para “condenar alguém sem crime em prol da democracia”, só que com armas letais. Um cidadão viu Routh em ação, tirou a foto do seu carro mostrando sua placa, o que permitiu ao FBI identificar o mesmo e prendê-lo. Meus cumprimentos a esse cidadão pelo excelente serviço. Novamente, faltou uma meia dúzia de agentes a mais para equipe destacada para cuidar de Trump a fim de supervisionar os perímetros mais próximos adequadamente. É Joe Biden trabalhando pela economia de recursos. Mas não está pegando bem. Assim, seria melhor reforçar a segurança antes da próxima tentativa. Não faltam malucos doutrinados e armados na América. Além de outros que fariam qualquer coisa para evitar que Trump volte a Casa Branca. Kamala Harris declarou: “Fico feliz que ele esteja seguro”. E continuou espalhando seu peculiar estilo de felicidade por toda a parte.
Jorge Alberto Nurkin
São Paulo
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TRUMP NA MIRA
O novo esporte nacional nos Estados Unidos é o tiro a Trump. Parece que todos os limítrofes do país estão se dedicando a dar um tiro no ex-presidente da República, claro que a proeza tem que ser filmada e compartilhada ao vivo nas redes sociais. Como cada americano tem sua coleção de rifles de assalto, é melhor Donald Trump ficar na moita ou vai acabar como seu companheiro Vladimir Putin, tendo que morar em um búnquer sem janelas.
Mário Barilá Filho
São Paulo