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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
10 min de leitura

Guerra Hamas-Israel

Haverá paz amanhã?

O Exército de Israel disse ontem que em 24 horas havia atingido mais de 600 alvos terroristas do Hamas no norte da Faixa de Gaza. Parece claro que a destruição da Faixa de Gaza será alcançada em breve, mas resta a pergunta: como será o amanhã de Israel? Sem inimigos? Qual a vantagem de acabar com o território e a vida de milhares de palestinos? Uma resposta é certa: os judeus não viverão em paz.

Roberto Solano

robertossolano@gmail.com

Rio de Janeiro

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Caixa Econômica Federal

Em troca de apoio

Entregar a Caixa Econômica Federal (CEF), de porteira fechada, ao Centrão de Arthur Lira representa duas derrotas simultâneas para o governo Lula. Em primeiro lugar, não garante o alcance da meta de déficit zero em 2024, por ser uma meta totalmente inexequível. Em segundo lugar, deixa Arthur Lira e seus capangas totalmente capacitados para a eleição de 2026, e eu duvido muito que Lula ou outro petista qualquer seja o favorito desta turma que vai ter o caixa – perdão pelo trocadilho – à disposição.

Abel Pires Rodrigues

abel@knn.com.br

Rio de Janeiro

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Caixa de Pandora

Não nos esqueçamos: Geddel Vieira Lima, aquele das malas com R$ 51 milhões em dinheiro, foi colocado na Caixa Econômica Federal por Dilma Rousseff – o que significa com anuência (no mínimo) de Lula. A séria Heloísa Helena já disse certa vez que nada acontece no PT sem a permissão de Lula. A Caixa pode ajudar muito o caixa dos políticos, mas, para o contribuinte brasileiro, esta poderá ser mais uma caixa de Pandora.

Celso Francisco Álvares Leite

celso@celsoleite.com.br

Limeira

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Ensino médico

A necessária qualidade

Os médicos professores Raul Cutait e Carlos Del Nero, que têm ambos reconhecida competência internacional, acertaram em cheio no diagnóstico e, infelizmente, nos sinais, sintomas e desfecho desta terrível enfermidade de que sofre o combalido ensino médico no Brasil (O drama do ensino médico, Estadão, 29/10, A5). Enquanto o assunto for tratado por numerologistas pecuniários, que só veem quantidades (de escolas, de vagas, lucros e status locais), e não qualidades (humanismo, método científico, aplicabilidade, treinamento e compromisso com o necessitado), logo vamos ver os Conselhos Regionais de Medicina rivalizando com os Procons em quantidade de queixas; a proliferação de curandeiros, benzedores e vendilhões; e a continuidade das mazelas de uma Saúde desumanizada e mercantilizada, tratada por enganados egressos de pseudo Faculdades de Medicina.

Luiz Philippe W. Vasconcellos, médico, professor universitário aposentado

lpwcv4@gmail.com

Jundiaí

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Ambiente

Fogo no Cerrado

Sobre a matéria Quando o fogo muda a floresta para sempre (Estadão, 30/10, C6 e C7), o Estado de São Paulo conserva ainda importantes remanescentes de Cerrado nativo que estão perdendo sua biodiversidade por falta dos incêndios naturais periódicos. Diversos trabalhos científicos recentes confirmam a importância das queimadas para o equilíbrio do bioma, que está há milênios evolutivamente adaptado à sua passagem. Com as legislações proibitivas e agropecuária tecnológica das últimas décadas, muitos trechos de Cerrado estão sofrendo um processo de adensamento da vegetação, tornando-se florestas e extinguindo as espécies campestres dependentes de sol (onde está a maior diversidade), além de acumular combustível para incêndios maiores, estes sim prejudiciais. Fogo periódico controlado e científico no Cerrado é fator de vida para este importante bioma.

Ricardo Henrique Cardim

ricardo@cardimpaisagismo.com.br

São Paulo

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Danilo Santos de Miranda

1943-2023

Um minuto de silêncio em homenagem ao sociólogo, filósofo e ex-seminarista Danilo Santos de Miranda, ativo e criativo diretor do Sesc São Paulo, que faleceu ontem, aos 80 anos. À frente da diretoria regional desde 1984, foi o responsável pela abertura de diversas unidades em todo o Estado, elevando o Sesc a uma das principais instituições culturais no Brasil. Viva Miranda!

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

DESCASO PELO FUTURO

De modo geral, o sistema educacional brasileiro ensina pouco e ensina mal, então não há mesmo como se esperar que um aumento no número médio de anos cursados resulte em maior conhecimento ou em condições reais de aumento da produtividade média dos trabalhadores (Há vagas para trabalho precário, 30/10, B6). Também não há, de acordo com a experiência internacional recente, qualquer indício de que uma suposta “recuperação industrial” irá realmente trazer melhora consistente no emprego, tendo em vista que as indústrias modernas e competitivas não utilizam mais tanta mão de obra quanto no passado. Além disso, o que se pode esperar de um país que ainda não tem sequer um plano definido e crível de governo para melhorar a educação e trazer mais produtividade à economia, e onde até o presidente desdenha abertamente da necessidade de responsabilidade fiscal? O triste resultado de todo esse descaso pelo futuro do Brasil é o quadro horripilante que estamos vendo no nosso mercado de trabalho atual. Até quando? Tristes trópicos.

Fernando T. H. F. Machado

fthfmachado@hotmail.com

São Paulo

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PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS

O cacique Raoni declarou que vai bater na porta do presidente Lula cobrando promessas não cumpridas em relação aos povos originários. O déficit zero em 2024 também não será atingido, assim como a promessa de unir o País. Por essas e outras e, principalmente, por se curvar ao Centrão, os índices de aprovação do governo vão caindo. Lula tem uma virtude, é bom de papo.

J. A. Muller

josealcidesmuller@hotmail.com

Avaré

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CULPA TERCEIRIZADA

Como o presidente Lula gosta de terceirizar culpa, a saída de mulheres ministras trocadas por homens é devida aos partidos da base não terem outras para serem ministras, e o déficit público de 2024 poderá não ser zero, pois a China deve crescer menos. Nunca erra.

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

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PARTIDO NOVO

Fora do partido Novo, o empresario João Amoêdo critica as decisões tomadas pela legenda (Estado, 29/10, A10). Criticou o fato de Deltan Dallagnol ser o embaixador do Novo e receber R$ 41 mil. Deltan traz na bagagem larga experiência, foi cassado mesmo tendo sido o deputado mais votado do Paraná somente porque uma narrativa esquerdista percebeu que sua chegada à Câmara iria tirar alguns da vida confortável que levavam. E, quando o inimigo oferece perigo, melhor se livrar dele. O Novo é formado por pessoas do bem e tem muito a oferecer ao País, digno de destaque o deputado Marcel Van Hattem. Ele é combativo e corajoso e dignifica seu Estado. Algumas pessoas, quando perdem o poder, tendem a virar o disco e se bandolear para a esquerda. Parece ser mal de Joãos.

Izabel Avallone

izabelavallone@gmail.com

São Paulo

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‘MODUS OPERANDI’ DE ISRAEL

É inaceitável o modus operandi do exército israelense diante do conflito contra o Hamas, na tentativa de libertar os reféns capturados por aquela organização. Traçando um paralelo com crimes de sequestro ou privação de liberdade, seria como se a polícia bombardeasse o cativeiro para libertar o sequestrado.

Jorge de Jesus Longato

financeiro@cestadecompras.com.br

Mogi Mirim

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MÍSSEIS CONTRA ISRAEL

Há uma pressão mundial para Israel parar os bombardeios em Gaza, mas não vejo ninguém pedir para o Hamas parar com os mísseis e foguetes contra Israel. Essa parcialidade chega a envergonhar qualquer pessoa de bom senso.

Luiz Frid

fridluiz@gmail.com

São Paulo

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CRÍTICAS DO PAPA

O papa Francisco ofereceu missas, jejum e uma vigília pelo fim dos combates no Oriente Médio. De modo velado, está criticando Israel, que só age de maneira truculenta por estar cercado de cobras peçonhentas. Sugiro que o pontífice perca o medo e critique mais os grupos terroristas e as nações árabes/islâmicas – como Catar e Irã – que apoiam e financiam o terrorismo. Que tal criar um pouco de coragem e comprar essa briga, Francisco?

Sérgio Eckermann Passos

sepassos@yahoo.com.br

Porto Feliz

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NOVO DESENHO COLONIAL

Não há mito bíblico (Torá) na implantação do Estado de Israel ou na solução final em andamento contra o povo de Gaza. No século 19, a erradicação do trabalho escravo imposto por reinos europeus ao negro da África Subsaariana e seus descendentes ocorreu no bojo e por causa do movimento social na Europa por liberdade e direitos dos cidadãos. Esse movimento social conduziu à Segunda República Francesa e à contestação de reinos absolutistas. Porém favoreceu a imensa expansão colonial da Inglaterra e da França na África e na Ásia desde o Oriente Médio até a China (certamente, “em nome dos direitos dos cidadãos” como a propalada perseguição aos navios negreiros). No início do século 20, Lord Balfour assentou a importância do colonialismo para os colonizados em seus discursos e, no Oriente Médio – com o enfraquecimento do sultanato otomano islâmico, inclusive diante do desenvolvimento técnico-industrial em curso na Europa –, usou os judeus sionistas para dividir e conquistar. A própria industrialização deu protagonismo econômico ao petróleo abundante nos países árabes; e as grandes guerras europeias (a segunda indo ao Leste Asiático) trouxe novo desenho colonial com a liderança dos EUA.

Fabio Gino Fracescutti

fabiogino565@yahoo.com

Rio de Janeiro

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O DEVER DO JORNALISMO PROFISSIONAL

A respeito do editorial O bom combate do jornalismo (29/10, A3), sobre a condenável e imperdoável notícia falsa que atribuiu ao exército de Israel uma bomba lançada no estacionamento de um hospital em Gaza, cabe citar o velho e sábio dito: “Numa guerra, a primeira vítima é a verdade”. Como diz o editorial, “as redes digitais estão infestadas de erros e mentiras, que, como se viu, podem ser disseminados até por grandes veículos, com consequências desastrosas. A instantaneidade da internet só amplifica o dever do jornalismo profissional de rever continuamente seus procedimentos para determinar ‘salvaguardas adicionais’ à publicação de notícias de impacto, como disse o New York Times. Ainda assim, é impossível eliminar o risco de erros. Reconhecê-los e corrigi-los o mais rápida e honestamente possível é o caminho mais seguro para resgatar a confiança do público. Em uma palavra, a credibilidade do jornalismo será tanto maior quanto maior for a sua humildade.” Sim aos fatos, não às fake news.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

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A PRIMEIRA VÍTIMA

Concordo totalmente com o editorial O bom combate do jornalismo (29/10, A3), deve-se ter honestidade para reconhecer quando houve precipitação na divulgação da notícia e o quanto ela pode ter sido danosa, ainda mais em conflito bélico da dimensão que já atingiu. A verdade é sempre a primeira vítima em uma guerra, não nos esqueçamos. Porém, há um erro de semântica corriqueiro que precisa ser corrigido na frase usada em destaque: redobrar significa dobrar de novo, ou seja, multiplicar por quatro; triplicar é multiplicar por três. Ou seja, triplicar o cuidado é dar menos atenção do que quando ele é redobrado, que se equivale a quando é quadruplicado.

Adilson Roberto Gonçalves

prodomoarg@gmail.com

Campinas

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FUTURO MAIS SEGURO

Ah, meu caro Rio de Janeiro, cidade maravilhosa, mas também palco de uma tragicomédia que não faz rir ninguém! A escalada da violência que assola as ruas da nossa querida cidade maravilhosa é o retrato cruel da falência do Estado e da corrupção que corroeu as entranhas da administração pública, envolvendo todos os governadores desde a redemocratização. Enquanto políticos se esbaldam em banquetes de propinas, a população sofre sob o fogo cruzado dos bandidos, com ônibus queimados e pessoas assustadas. A corrupção desvia recursos que deveriam ir para segurança, saúde e educação, deixando o povo à mercê dos malfeitores. O Rio clama por justiça, por um Estado que cumpra seu papel, e por um futuro mais seguro e digno. É uma sinfonia de desespero nesse samba triste das ruas cariocas.

Luciano de Oliveira e Silva

luciano.os@adv.oabsp.org.br

São Paulo

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TRANSTORNOS MENTAIS DOS SEM-TETO

O artigo do professor dr. Ronaldo Laranjeira (De braços abertos para o fracasso, 29/10, A4) retrata de maneira fiel e crucial o panorama das políticas públicas para o problema dos sem-teto com transtornos de saúde mental associados ao uso de álcool e drogas. Desafio qualquer pessoa a lograr êxito ao buscar ajuda num Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Em se tratando dos transtornos mentais decorrentes do uso de álcool e drogas, pior ainda. No Brasil se insiste na política reducionista de danos. Os Caps viraram caixas de aparente proteção psicossocial. Anos atrás, o Conselho Regional de Medicina fez um levantamento sobre a eficácia desses serviços e as conclusões foram lastimáveis. E o que dizer das Organizações Sociais (OS), que executam a gestão da saúde na cidade de São Paulo? Sem querer generalizar, elas fazem um hoovering do erário. Recentemente, por exemplo, a imprensa noticiou um CEO que recebia R$ 42 mil/mês de salário, ultrapassando o teto municipal. Há uma grande quantidade de gerentes executivos e de enfermeiros em cargos de supervisores técnicos que, na prática, são incapazes de puncionar uma veia. Médicos são obrigados a atender de 36 a 40 pacientes por dia, e são cobrados por produtividade, com agendas colapsando com encaixes, extras, overbooking, etc. As moradias assistidas inspiradas pelas dry houses sempre foram indicadas para o problema de que trata o artigo, mas os burocratas de plantão, em parceria com vereadores padrinhos dessas OS, insistem com a redução de danos tupiniquim apoiada pelo Ministério da Saúde há décadas. E a supervisão de saúde mental segue fazendo rodas de terapias comunitárias com zumba e violão e propondo grupos e mais grupos nos Caps, obstaculizando o acesso de pacientes crônicos, que se perdem – muitos inclusive necessitariam de uma intervenção mais direta, que nenhum Caps contemplaria. Parafraseando o autor, muitos são econômicos com a verdade atual sobre a saúde mental. Comprazer-se-ão eternamente com esforços intelectuais, morais, inúteis e infecundos, tudo em nome de um SUS igualitário e equânime.

Sérgio Luís

sergiopsicuniad@bol.com.br

São Paulo

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NEPOTISMO NO TJ-MG

Como cidadão e, mais ainda, servidor concursado da Secretaria da Fazenda de Minas Gerais, não tenho como não ficar revoltado ao ler a matéria sobre o nepotismo no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Principalmente considerando que envolve dois desembargadores (Eduardo Grion, Paulo Dias) e os “funcionários” recebiam o dindim sem trabalhar. Só gostaria de saber se esses casos se resumem a apenas esses. Não me surpreenderia se aparecerem muitos outros ainda não descobertos.

Luciano Nogueira Marmontel

automatmg@gmail.com

Pouso Alegre (MG)

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REAJUSTE DE QUANTIDADE

O Brasil não tem jeito mesmo. Adoro panetone e comprei um recentemente. Não é que a famosa fabricante “inovou” e reduziu o peso para 400 gramas? Não me perguntem se o preço está “ajustado” para o novo peso também. No mesmo dia comprei um chocolate que é fabricado há anos, só trocando a empresa original para a atual. Adivinhem? A caixa que sempre teve 20 unidades, em outra “inovação”, foi reduzida para 14 unidades. De novo, não me perguntem se o preço foi “ajustado” para a nova quantidade ou se espertamente mantiveram o preço anterior com uma menor quantidade. Ainda temos Inmetro ou foi loteado e está cheio de cumpanheros? Um litro de gasolina continua sendo um litro?

Renato Amaral Camargo

natuscamargo@yahoo.com.br

São Paulo

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A INDECÊNCIA DO TELEMARKETING

Recebo diariamente muitas ligações de telemarketing que caem quando atendidas. Para a minha defesa, comecei a bloquear o número indicado, mas, como os números não se repetem, comecei a bloquear todos, chegando a bloquear cerca de 40 números com final diferente originados das mesmas ligações. Só dessa maneira consegui acabar com os aborrecimentos causados por essa malfadada empresa. Aliás, essa já é a segunda empresa bloqueada com essa mesma técnica. Tentem fazer o mesmo. É desagradável mas resolve o que os órgãos competentes não conseguem resolver.

Júlio Roberto Ayres Brisola

jrobrisola@uol.com.br

São Paulo