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Comida
Paladar testou

Qual é o melhor hambúrguer de carne 100% bovina do mercado?

Sete marcas foram provadas às cegas; sabor e suculência estavam entre os critérios de avaliação

SÃO PAULO 09/10/2023 PALADAR DEGUSTAÇÃO HAMBURGUER- jurados desgustando hamburguers no restaurante OSSO   Priscila Deus, Marcio Buzino, Ligia Carazaua, e Guilherme Mora FOTO ALEX SILVA/ESTADAO. Foto: ALEX SILVA/ESTADAOFoto: ALEX SILVA/ESTADAO

Se você não tem o costume de olhar a lista de ingredientes dos produtos industrializados que você compra no mercado, te faço um convite: dê uma espiada na composição do hambúrguer que você está acostumado a levar para casa. A depender da categoria, ele pode ter até três ingredientes - entre eles, carne e gordura bovina, por vezes, um antioxidante -, ou uma listagem imensa com cerca de 25 itens - e daí entram (num hambúrguer de carne, detalhe) frango com pele, proteína de soja, fibra de colágeno, maltodextrina, estabilizantes, realçadores de sabor, e por aí vai.

De olho numa parcela de consumidores, que está cada vez mais atenta com o que se coloca à mesa, marcas têm investido em hambúrgueres cuja receita se aproxima das versões artesanais. Além de serem preparados com carne 100% bovina, como eles destacam nas embalagens, os discos também não levam nenhum tempero (nem sal) - a ideia é que você mesmo tempere a gosto, na hora do preparo. Já o preço, esse, sim, é salgado: com R$ 25, em média, dá para comprar dois desses hambúrgueres de carne 100% bovina contra 12 discos das opções mais populares.

Sete marcas foram avaliadas às cegas na degustação promovida pelo Paladar Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Pegando carona nessa tendência, o Paladar decidiu realizar um teste às cegas para avaliar a qualidade desses hambúrgueres de “carne de verdade”. Um júri de peso, composto só por especialistas, foi recrutado para realizar essa tarefa: o restaurateur Guilherme Mora, sócio do Osso e do Cór, ambos experts em carnes, a chef assadora Ligia Karazawa, o chef Márcio Silva, da hamburgueria Buzina, e a chef Priscila Deus, que acaba de deixar a cozinha do Pobre Juan para tocar o Chez Deus. A degustação ocorreu nesta segunda-feira (9) na sala secreta do restaurante Osso.

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Sete marcas, todas arrematadas em supermercados, foram avaliadas quanto ao aspecto visual, aroma, textura, sabor e suculência. Os hambúrgueres, preparados pelo chef Victor Cabanas, do próprio Osso, foram parar na frigideira (método mais corriqueiro numa cozinha doméstica) ainda congelados, como mandam as instruções das embalagens. No tempero, apenas sal e pimenta-do-reino. Ah, e eles foram servidos sem acompanhamentos, em sequência. “Até porque, com um bom queijo e molho, a maioria desses hambúrgueres fica gostosa”, ponderou Priscila.

O júri foi formado por (em sentido horário) Guilherme Mora, Priscila Deus, Ligia Karazawa e Márcio Silva. Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Confira, a seguir, quais marcas se saíram melhor na degustação, além de detalhes sobre o que os jurados acharam sobre cada uma das amostras.


Os três melhores

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  1. VPJ
  2. Carapreta
  3. Maturatta (Friboi)

As sete marcas avaliadas em ordem alfabética

Bassi (Marfrig)

O hambúrguer de picanha da marca (que leva também outros cortes bovinos) perdeu a chance de conquistar um lugar no pódio por culpa da textura, “meio borrachuda”, e do sabor oxidado. Apesar disso, o disco de carne apresentou boa aparência e suculência. Ingredientes: carne bovina (cortes bovinos e picanha); R$ 22,90, 2 unidades de 200g.

Carapreta

O hambúrguer - preparado com carne de angus criado na Fazenda Santa Mônica - conquistou o segundo lugar no pódio por conta do aspecto bonito, da textura agradável (que indica boa moagem) e do sabor. Perdeu alguns pontos pela suculência, que poderia ser maior. “Parece ter pouca gordura na composição. Poderia ter um pouquinho mais”, arriscou um jurado. Ingredientes: carne bovina e antioxidante ácido ascórbico (INS 300); R$ 21,90, 2 unidades de 180g.

Korin

Feito com diferentes cortes de carne bovina orgânica, o hambúrguer não passou pelo crivo dos jurados, a começar pela textura muito prensada, que “parece uma massa”. O sabor “de carne lavada”, como definiu um jurado, quase oxidado, também não agradou. Em resumo, amostra só se salvou na aparência e suculência: “até derrama uma gordurinha”. Ingredientes: carne bovina orgânica (costela, paleta e peito) e gordura bovina orgânica; R$ 27,89; 2 unidades de 170g.

Maturatta (Friboi)

Não foi amor à primeira vista: a aparência do disco de carne sugeriu aos jurados se tratar de um hambúrguer seco. Mas, pelo contrário, além do aroma agradável e da textura “que lembra a de uma receita artesanal”, a amostra (preparada com 51% de fraldinha e 49% de recortes bovinos) conquistou os jurados pelo sabor e suculência. Ingredientes: carne bovina, água (2,6%) e aroma natural de alecrim; R$ 6,99, 180g.

Seara Gourmet

O Gran Angus Burger, apesar do nome cheio de pompa, não convenceu os jurados. Feito com carne de angus, apresentou aroma oxidado, textura que lembra uma massa (que sugere uma carne moída demais) e sabor ruim, igualmente oxidado. Ingredientes: carne bovina, água (2,5%), aroma natural (alecrim); R$ 27,49, 2 unidades de 200g.

VPJ

Feito com costela de gado angus, o grande campeão da prova conquistou o coração dos jurados logo de cara. Primeiro pela aparência, que dá “água na boca”, depois pelo aroma acentuado de “carne de churrasco”. Nos demais quesitos, a amostra seguiu pontuando: boa textura, devido à moagem mais grossa da carne, sabor muito bom e ótima suculência (com teor de gordura equilibrado). Ingredientes: carne bovina (costela) e antioxidante ácido ascórbico (INS 300); R$ 25,49, 2 unidades de 210g.

Wessel

À primeira vista, o hambúrguer não despertou o apetite dos jurados por conta da aparência: “disco fino e pálido”. Nos demais quesitos, a amostra teve um desempenho mediano: “textura OK”, “sabor OK”, “suculência OK” - o que não foi suficiente para levá-la ao pódio. Ingredientes: carne bovina e gordura bovina; R$ 27,90, 3 unidades de 110g).

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