PUBLICIDADE

Radar

Co-fundador do D.O.M. acredita que IA afetará gastronomia, mas manter o artesanal é crucial

Marcelo Fernandes, restaurateur fundador do D.O.M., fala sobre as transformações no setor gastronômico em meio à tecnologia

D.O.M., do chef Alex Atala. Foto: Ricardo D'AngeloFoto: Ricardo D'Angelo

O Restaurateur Marcelo Fernandes fundou, em 1999, ao lado de Alex Atala, o restaurante D.O.M. e também é dono de marcas como Kinoshita, Attimino, Tradi e Mercearia do Francês, sendo uma figura presente no cenário gastronômico do Brasil.

Desde então, ele vem testemunhando as mudanças na culinária e as transformações no setor, que hoje utiliza muito da tecnologia para entregar pratos extraordinários.

Marcelo Fernandes fundou o restaurante D.O.M. ao lado do chef Alex Atala Foto: Alex Silva/Estadão

Inteligência artificial

Ao Paladar, ele contou que está atento às inovações, principalmente no que se trata de inteligência artificial e como ela pode influenciar os chefs na cozinha. Apesar disso, ele deixa claro que é importante não perder as raízes e que o contato de forma artesanal é crucial para quem trabalha no meio da gastronomia.

PUBLICIDADE

“Na prática, a inteligência artificial pode influenciar na cocção, tornando-a mais rápida. Os chefs podem agora buscar conteúdo de pesquisa de maneira mais dinâmica e rápida, encontrando informações com apenas um toque no celular. No entanto, eu ainda incentivo os chefs a se dedicarem aos livros antes de verificar algumas informações na internet. Os equipamentos também estão mais avançados, o que acelera os processos. Por exemplo, na Mercearia do Francês, vi uma situação em que o chef programou o forno combinado e só voltou quatro horas depois, quando o prato já estava pronto. Mas é crucial não perdermos nossas raízes, já que muitas coisas ainda são feitas de forma artesanal”, explicou o restaurateur.

Gastronomia no Brasil

Para o especialista em gastronomia, o país se aproxima muito hoje de outras potências. Segundo Fernandes há uma troca significativa acontecendo e o Brasil está fazendo avanços notáveis na qualidade dos pratos.

“Anteriormente, não tínhamos a mesma qualidade que temos agora. Acredito que nós estamos nos aproximando do padrão europeu e japonês, o que abre oportunidades de igualdade no mercado lá fora”, afirmou.

Transformação digital e delivery

PUBLICIDADE

Ao ser questionado sobre as mudanças na forma de pedir comida, o restaurateur explicou que embora a conveniência de permanecer no conforto do lar e utilizar aplicativos que entregam comida em casa facilite a vida, isso nunca substituirá a experiência presencial. De acordo com ele, os restaurantes oferecem um ambiente único, com clima, energia e uma atmosfera acolhedora que não pode ser aproveitada em casa.

Para conferir a entrevista completa e saber mais sobre as mudanças no mundo da gastronomia, leia a matéria completa aqui.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE