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Opinião|Editora empodera mulheres por meio de leitura

Atualização:

O Relatório de Empreendedorismo Feminino do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2021/2022, conduzido em 50 países, apontou que o empreendedorismo é uma parte da economia na qual as mulheres continuam, a despeito do impacto da crise sanitária, a desempenhar um importante papel. Globalmente, a cada três empreendimentos de alto crescimento e de inovação focados em mercados nacionais e internacionais, um é liderado por mulheres.

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O levantamento - que analisou as diferenças de gênero em vários pontos do ciclo de vida empresarial; as diferenças de gêneros e os impactos da covid-19; as desigualdades estruturais e a participação feminina em startups de alto potencial; e os fatores no ambiente favorável que influenciam as diferenças de gênero na atividade empreendedora - chama a atenção, no entanto, para o fato de mulheres terem uma percepção ligeiramente inferior sobre o empreendedorismo como escolha de carreira quando comparada à percepção masculina.

Em setores tradicionalmente dominados por homens, a sub-representação feminina mostra que para lidar com as barreiras impostas ao ingresso no empreendedorismo e crescimento de empresas, as mulheres lançam mão de soluções inovadoras. As iniciativas arrojadas passam, inclusive, por se arriscar em segmentos vistos como territórios masculinos.

No Brasil, nos últimos anos, assistimos ao crescimento de editoras independentes lideradas por mulheres - que se tornaram protagonistas do mercado editorial nacional. A disseminação de ideias feministas, a aposta em mercados segmentados e o fomento de uma nova cultura de conscientização coletiva sobre a importância de assegurar um espaço de destaque para as mulheres começaram a alterar o cenário desse mercado.

 

Um dos exemplos que ilustra esse contexto é a Primavera Editorial. Fundada por Lu Magalhães há 15 anos, a Primavera Editorial nasceu com o propósito de transformar a leitura em ferramenta de emancipação pessoal e profissional, especialmente a feminina.

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Com títulos assinados em sua maioria por mulheres, a editora anuncia, neste ano, o fortalecimento do selo BIZ - destinado à publicação de livros que fomentam a cultura corporativa positiva, que, na prática, é baseada em liderança responsável, investimento na saúde mental dos colaboradores, planejamento estratégico responsável e gestão baseada na confiança.

Em conversa com a empreendedora, ela conta que a ampliação desse selo - considerado um case de sucesso da editora - ganhou um reforço com a adesão da Primavera ao ecossistema Great People, que reúne empresas com soluções voltadas a colocar as pessoas no centro, no qual são vistas para além de profissões, funções e cargos.

Efetivamente, a editora será o braço educacional do Great People e dará suporte às empresas integrantes desse ecossistema e aos seus clientes com a produção de conteúdos inclusivos, diversos e responsáveis. Alinhada ao item 4 dos  Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) - que preconiza a educação de qualidade -, a meta da Primavera Editorial é impactar, até 2024, mais de 300 empresas nacionais, apoiando-as a fomentar a leitura e desenvolver seus colaboradores.

Na visão de Lu Magalhães, o impacto social da Primavera Editorial está na crença de que a leitura gera conhecimento, provoca reflexões e amplifica a voz feminina à medida que as mulheres alargam os próprios repertórios, dividem saberes com o mundo e conquistam a liberdade gerada pela oportunidade de acessá-los.

Opinião por Maure Pessanha
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