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Site investe em colchão do futuro e que cabe na bicicleta

Modelo foi inspirado em produto que faz sucesso nos Estados Unidos e precisou de seis meses para ser adaptado ao País

Por Gisele Tamamar
Atualização:

Um colchão de molas e espuma viscoelástica, aquela que usa “tecnologia da Nasa” e ganhou popularidade nos travesseiros, é a principal aposta do site de móveis e decoração Mobly para este ano. Inspirado no Casper, modelo que faz sucesso atualmente nos Estados Unidos, a empresa nacional investiu R$ 2 milhões em pesquisa, conceito e desenvolvimento para adaptar o produto, batizado de Guldi, para o gosto do brasileiro.

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Um dos diferenciais é a facilidade do transporte. Por ser feito de espuma, ele é enrolado, embalado a vácuo em uma caixa e pode até ser transportado em uma bicicleta. O Guldi é o primeiro lançamento de uma série de até cinco produtos com marca própria que a Mobly pretende investir neste ano.

O conceito é misturar tecnologia, design e qualidade. “Hoje, temos uma oferta ampla de produtos no site para atingir desde o público que procura produtos baratos até itens de luxo. A ideia de criar produtos é uma forma de trazer tendências e atingir um consumidor novo”, diz Victor Noda, sócio-fundador da empresa. O empreendimento faturou R$ 120 milhões em 2013, segundo estimativas do mercado, e teria quase triplicado esse número no ano passado.

A empresa demorou cerca de seis meses para adaptar o produto para o Brasil. “Conhecemos o modelo nos Estados Unidos e vimos a oportunidade de fazer aqui. O colchão favorito do brasileiro é de mola ensacada. Adaptamos o produto. O colchão enrolado facilita o transporte e faz com que ele chegue com um custo competitivo”, afirma Noda.

O colchão será vendido em cinco tamanhos diferentes. A versão para solteiros custará R$ 1.199,99 e o king, R$ 2.499,99. Para o primeiro lote, foram produzidos 100 colchões, repostos semanalmente por uma fábrica parceira do empreendimento e que funciona em São Paulo.

A Mobly, criada no fim de 2011 pelos engenheiros Victor Noda, Marcelo Marques e Mario Fernandes, foi inspirada no modelo do site norte-americano Wayfair e nasceu com investimento do fundo alemão Rocket Internet. Para o lançamento do Guldi, os sócios-fundadores também seguem o mesmo conceito da empresa dos Estados Unidos: concedem cem dias para o cliente testar o colchão.

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Análise. Para o coordenador do Centro de Estratégia do Insper, Luiz Fernando Turatti, a inovação não está no produto em si, mas no modelo de negócio, que inclui a forma de venda (online) e entrega do colchão compactado, que garante o transporte fácil, em um carro ou até bicicleta.

“A empresa foca em um público que não demanda do contato físico com o produto para efetuar a compra. Isso em parte é garantido com outra inovação no modelo de negócio que é o teste de cem dias, caso contrário, o dinheiro é devolvido. Isso ‘mata’ um pouco o risco de não ter experimentado o colchão na loja”, afirma Turatti.

O professor do Insper não vê problema nenhum no fato de o site brasileiro se inspirar em modelos adotados por empresários em outros países e que estejam funcionando. “É preciso tomar cuidados para não assumir que o mercado daqui é igual o de lá. O ponto é: qual o tamanho do mercado e quais adaptações a empresa precisará fazer?”

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