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À espera de ordem judicial, Jefferson define prisão como 'exílio político'

Delator do mensalão, ex-deputado aguarda determinação do STF para cumprir pena em regime semiaberto

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Por Redação
Atualização:

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), um dos sete condenados pelo mensalão que pode ter a execução da pena determinada nesta segunda-feira, 18, definiu sua prisão como "exílio político". Jefferson usou as redes sociais para dizer que não guarda "mágoas" e desejou "paz de espírito" aos seus "detratores".

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"Saibam que, de onde estiver, continuarei a lutar pelos interesses e pela grandeza do Brasil. Obrigado a todos (se me for permitido, no meu exílio político continuarei com este blog)", escreveu em seu blog.

O ex-deputado foi condenado a 7 anos e 14 dias de prisão em regime semiaberto por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em entrevista ao Estado, declarou que vai aguardar a chegada dos agentes da Polícia Federal em sua casa, em Comendador Levy Gasparian (RJ). Até o momento, 11 condenados tiveram as ordens de prisão determinadas pelo Supremo Tribunal Federal e as de outros sete podem sair ainda nesta segunda.

Apesar dos recursos da defesa, o fato de Jefferson ter denunciado o escândalo em 2005 não reduziu a sentença. "Se não me arrependi do que fiz, tampouco guardo mágoas. A certeza do dever cumprido me permite esperar com serenidade", afirmou.

Somente após a determinação da prisão um juiz irá definir onde o ex-deputado irá cumprir pena. Jefferson ainda aguarda a possibilidade de prisão domiciliar em razão de seu estado de saúde. No ano passado ele foi diagnosticado com câncer no pâncreas. "A partir daí, uma série de intercorrências provenientes da doença tem sido a tônica", disse.

Ao Estado, Jefferson afirmou que o ideal seria ficar no Rio, já que seus "desafetos" estão em Brasília, na penitenciária da Papuda. Em seu perfil no Twitter, o ex-deputado desejou "paz de espírito" aos seus "detratores".

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