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Acusado de mandar matar Dorothy Stang pedirá habeas corpus

Fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, se entregou à polícia do Pará no sábado, dia 6

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Por Redação
Atualização:

O advogado Eduardo Imbiriba de Castro, que defende o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de mandar matar a missionária norte-americana Dorothy Stang, pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar tirar seu cliente da prisão.

 

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O Bida se entregou na manhã deste sábado, 6, à polícia do Pará, após ter seu pedido de habeas corpus, que o mantinha em liberdade, negado pelo Superior Tribunal de Justiça (SJT).

 

Para o advogado, a prisão de Bida é injusta, pois, segundo ele, o fazendeiro tem residência fixa e não estaria interferido no andamento do processo. "Ele está exercendo normalmente a sua função em Altamira [no Pará], tem a profissão de pecuarista, não ameaçou qualquer tipo de testemunha ou pessoa envolvida, não demonstra nenhum motivo que possa nos levar a crer que ele venha a fugir", argumentou o advogado. "São alegações que não se aplicam ao caso de restabelecimento da prisão preventiva", acrescentou Castro à Rádio Nacional da Amazônia.

 

O advogado disse que irá a Brasília ainda esta semana para entrar com um novo habeas corpus, desta vez no STF. "Estou esperando a publicação do acórdão da quinta turma do Superior Tribunal de Justiça. Vou estar em Brasília esta semana ainda, dando entrada nessa petição, tentando recolocá-lo em liberdade", disse.

 

Em seu primeiro julgamento, o fazendeiro foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado. Beneficiando-se da legislação que previa um novo julgamento para condenados a pena superior a 20 anos, foi absolvido no segundo julgamento.

 

No final do ano passado, um recurso do Ministério Público ao Tribunal de Justiça do Pará conseguiu anular a absolvição e foi decretada nova prisão, o que levou a defesa a impetrar o habeas corpus que mantinha Bida em liberdade.

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Dorothy Stang foi assassinada aos 73 anos em fevereiro de 2005 com seis tiros perto de Anapu, no oeste do Pará. Ela morava havia mais de 20 anos na região, ajudando agricultores ameaçados por fazendeiros e madeireiros ilegais.

 

Com informações da Agência Brasil

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