No período de janeiro a maio de 2007, a Ouvidoria do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP) recebeu 5.410 solicitações entre pedidos de informações, denúncias e reclamações.
Desse total, 96 ocorrências resultaram em autuações. Entre os instrumentos, a bomba de combustível permanece em primeiro lugar entre os 10 mais reclamados, com 50,4% das queixas. "As queixas sobre as bombas vêm crescendo em virtude de recentes descobertas sobre irregularidades nos postos de combustíveis. A divulgação das operações resulta em um retorno imediato da população, pois a ouvidoria é como um termômetro da sociedade", afirma Flávio Floret, ouvidor do Ipem-SP.
Entre os produtos, como no levantamento anterior, o pão é o mais reclamado, com 40,4% das queixas. Em segundo e terceiro, brinquedos e botijão de gás, com 6,8% e 4,3% das queixas respectivamente. "Os produtos que estão nas primeiras colocações costumam 'flutuar' entre os 10 mais reclamados, ou seja, normalmente permanecem entre os mais reclamados porque são muito consumidos", explica Floret.
"O uso seguro do botijão de gás, da mangueira e do registro é o tema deste mês no nosso projeto de educação para o consumo realizado em parceria com o Procon-SP e com os Centros de Integração da Cidadania (CICs)", conclui ele. Informações sobre as palestras pelo 0800-0130522.
Ouvidoria: 14 anos de histórias
Ouvidoria do Ipem acaba de completar 14 anos. Nesse período foram registradas várias histórias interessantes.Certa vez, ligaram para reclamar que funcionários do instituto estavam usando o veículo oficial para fins particulares. "O cidadão viu dois técnicos entrando em um motel com o carro do Ipem-SP, mas os profissionais estavam verificando se os preservativos à venda no local tinham o selo do Inmetro", conta Sônia Rocha, que trabalha lá há 9 anos.
Outros consumidores reclamam das diferenças de tamanho entre ovos ou da quantidade de água do coco verde, conta Pasqualina da Silva, supervisora. "Sempre procuramos dar retorno para os cidadãos, pois a participação deles contribui para a melhoria da fiscalização", diz ela.
Criada em 27 de maio de 1993, a ouvidoria do Ipem-SP é uma das primeiras do setor público do País. "O desafio inicial foi consolidá-la, mas com o tempo ela ganhou seu espaço na instituição", conta Júlia Clemente, primeira ouvidora do Ipem-SP. Depois dela, foram ouvidores Antônio Loureço Pancieri, Oswaldo Ferreira Jr. e Flávio Floret (atual).
"A ouvidoria é um setor de contato privilegiado com o consumidor e se aproxima cada vez mais dos cidadãos com atividades de educação para o consumo em parceria com o Procon e com os Centros de Integração de Cidadania".
O objetivo do instituto é manter o plano de crescimento da ouvidoria. "O Ipem-SP é um órgão comprometido em atender as dúvidas e queixas da população", destaca Floret.
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