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Aliados de Ciro Gomes e bolsonaristas defendem apoio a Rodrigo Garcia em eventual 2° turno em SP

Campanha de Fernando Haddad vê tucano como adversário mais difícil e prefere enfrentar Tarcísio de Freitas na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes

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Foto do author Pedro  Venceslau
Foto do author Beatriz Bulla
Por Pedro Venceslau e Beatriz Bulla

Após a mais recente pesquisa Ipec mostrar crescimento de 4% nas intenções de voto para o governador Rodrigo Garcia (PSDB), que apareceu com 18% empatado tecnicamente em 2° lugar com o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 22%, aliados do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e bolsonaristas já falam nos bastidores em apoiar o tucano contra o PT caso ele chegue ao 2° turno.

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Em conversas reservadas, Ciro Gomes admitiu que o palanque de Garcia seria o caminho natural já que o PDT esteve perto de entrar na coligação do governador no 1° turno. Se Tarcísio, que é o representante do presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa em São Paulo, superar o tucano na reta final e conseguir a 2° vaga, a sigla deve permanecer neutra.

Sem aliados, estrutura e tempo de TV, o candidato do PDT, Elvis Cezar, não decolou na campanha e cumpre hoje apenas o papel de dar suporte a Ciro no maior colégio do País.

Elvis Cezar, candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo PDT Foto: Alex Silva/Estadão - 17/09/2022

Os bolsonaristas se dizem otimistas, mas avaliam que o cenário é imprevisível e admitem que o peso da máquina do governo paulista pode fazer a diferença para Rodrigo Garcia na semana final.

Se Tarcisio for ultrapassado por Garcia, só restará uma opção aos bolsonaristas: formar uma “frente ampla” antipetista no Estado. O movimento interessaria também ao governador, que espera atrair por inércia os votos conservadores.

Na hipótese de Tarcísio conseguir manter a dianteira e passar para o 2° turno, o PSDB deve enfrentar um racha profundo. A expectativa nesse cenário é que os principais cardeais tucanos - Aloysio Nunes Ferreira, José Serra, Fernando Henrique Cardoso, José Aníbal, Tasso Jereissati, José Gregori - subam no palanque de Lula e Haddad embalados pelo clima de polarização. Sem Garcia na disputa, o PSDB seria engolido por esse movimento.

Nas conversas fechadas, os petistas do entorno de Lula dizem que há uma divergência de estratégia entre as campanhas presidencial e paulista. Para Lula, seria melhor que Bolsonaro ficasse sem palanque em São Paulo, especialmente no horário eleitoral da TV e rádio.

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Mas a cúpula do partido admite que Garcia torna-se favorito em uma disputa direta com Haddad devido ao antipetismo enraizado no interior paulista.

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