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Aloysio Nunes será presidente da Investe SP no governo Doria

Chanceler é o sétimo ministro de Michel Temer confirmado no governo tucano em São Paulo

Por Matheus Lara
Atualização:

O ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes (PSDB) vai presidir a Investe SP, agência paulista de promoção de investimentos, a convite do governador eleito João Doria. Ele assumirá suas funções no governo paulista no dia 5 de fevereiro. É o sétimo ministro do atual governo federal a fazer parte da gestão do tucano em São Paulo, que já mira nas eleições de 2022

A Investe SP é um órgão que fica sob responsabilidade da Secretaria da Fazenda, Planejamento e Gestão, que será encabeçada por Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda de Temer. Além dos dois, serão nomeados Rossieli Soares, na Educação; Gilberto Kassab, na Casa Civil, e Sérgio Sá Leitão, na Cultura; Alexandre Baldy, para os Transportes Metropolitanos; e Vinícius Lummertz, para o Turismo.

Aloysio Nunes, ministro da Relações Exteriores Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL - 16/3/2017

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Sétimo nome de Temer anunciado por Doria, Aloysio Nunes evitou ontem comentar as recentes rusgas entre o governador eleito e o presidente. Na campanha eleitoral, Temer gravou vídeo no qual diz que Doria fez críticas diretas ou indiretas a seu governo, apesar dos elogios feitos anteriormente. “Você muitas vezes tenta dissociar a figura do presidente da República da figura dos partidos que o apoiam, mas eles estão no meu governo e estão apoiando precisamente você. Desacelera”, afirma Temer no vídeo. 

“Não vou comentar isso. Doria procurou se cercar das pessoas que considera as mais adequadas para a função”, disse Aloysio ao Estado. Ele afirmou que se reunirá com Doria para definir as prioridades de sua atuação na Investe SP. “É uma agência muito importante, de excelência, e posso aproveitar uma conjuntura que parece que vai ser favorável para a economia brasileira e, por isso, para a economia paulista”, afirmou. “Vamos nos reunir com a secretaria para apresentar um programa de trabalho ao governador.”

Transição. Aloysio Nunes também não quis comentar polêmicas relacionadas ao Itamaraty na transição para o governo Jair Bolsonaro (PSL), como os “desconvites” aos presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e de Cuba, Miguel Díaz-Canel, para a cerimônia de posse. O futuro chanceler, Ernesto Araújo, também afirmou que nenhum integrante do governo da Nicarágua estará no evento. Inicialmente, a diplomacia brasileira havia convidado todos os países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas. 

Aloysio Nunes, por outro lado, elogiou a aproximação de Bolsonaro com Israel – o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, se reúne hoje com Bolsonaro e confirmou presença na posse. “Acho positiva (a aproximação). Temos uma excelente relação com Israel. Há muitos programas de cooperação, principalmente na área de ciência, tecnologia e defesa, e acho muito positivo”, disse. 

O atual chanceler tem formação em Direito pela Universidade de São Paulo e cursou Economia Política pela Universidade de Paris VII e Ciências Políticas pela Universidade de Paris I. Tornou-se procurador, concursado, do Estado de São Paulo, em 1981. Iniciou sua carreira política como deputado estadual de São Paulo. Foi vice-governador, deputado federal e senador. Em 2014, foi candidato a vice-presidente na chapa com Aécio Neves, derrotado por Dilma Rousseff no 2º turno.

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No governo de Fernando Henrique Cardoso, chefiou a Casa Civil (1999) e foi ministro da Justiça (2001). Assumiu as Relações Exteriores em 7 de março de 2017.

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