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Ana Moser ganha quarentena de R$ 41 mil por mês após deixar Ministério do Esporte

Comissão de Ética viu potencial de conflito de interesse com o retorno de Ana Moser à iniciativa privada e concedeu quarentena remunerada à ex-ministra do Esporte

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Foto do author Tácio Lorran
Por Tácio Lorran
Atualização:

BRASÍLIA - A Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República concedeu quarentena remunerada à ex-ministra do Esporte Ana Moser. Na prática, isso significa que a ex-atleta continuará recebendo normalmente o salário de ministra de Estado, hoje em R$ 41.650,92, por mais seis meses.

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A decisão da Comissão de Ética Pública foi tomada nesta quarta-feira, 27. O órgão colegiado reconheceu possível conflito de interesse entre o cargo de ministra do Esporte e a iniciativa privada.

Ana Moser foi exonerada do governo Lula no último dia 6 de setembro para dar lugar a André Fufuca (PP-MA), indicado pelo Centrão de Arthur Lira (PP-AL). Na ocasião, a ex-atleta afirmou ver sua saída com “tristeza e consternação”. “Tivemos pouco tempo para mudar a realidade do Esporte no Brasil”, disse, ao lamentar que as promessas de Lula na campanha não tiveram tempo para serem desenvolvidas.

Ana Moser foi substituída por André Fufuca no Ministério do Esporte Foto: Felipe Rau

Procurada, Ana Moser disse ao Estadão que a consulta feita à Comissão de Ética “faz parte do procedimento de ex-ministros” e se recusou a falar o local onde ela disse ao colegiado que poderia trabalhar.

Ao sair do Ministério do Esporte, a ex-atleta informou que vai continuar trabalhando e contribuindo para a política pública de esporte no Brasil, mantendo o sonho de todos que acreditaram no trabalho deste grupo.

Na mesma reunião desta quarta-feira, a Comissão de Ética Pública abriu um Processo de Apuração Ética contra o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques por ter pedido votos em outubro de 2022 ao então candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). Por outro lado, o órgão colegiado arquivou processos envolvendo dois ministros de Lula: Margareth Menezes (Cultura) e Camilo Santana (Educação).

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