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Após dizer que Previdência não terá texto de Temer como base, Onyx afirma que não há definição

O ministro da Casa Civil recém-empossado se atrapalhou ao falar da reforma

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Por Julia Lindner
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BRASÍLIA - Recém-empossado, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, se atrapalhou ao falar da Reforma da Previdência nesta terça-feira (1º). Inicialmente, Onyx disse que a proposta do presidente Jair Bolsonaro não aproveitaria nada do que foi sugerido pelo ex-presidente Michel Temer, mas, ao ser questionado sobre o possível atraso no rito, disse que "o que o governo vai fazer não está definido e não adianta ficar especulando". "A reforma da Previdência está muito bem encaminhada, internamente já está bem maduro, agora é só ajustar, apresentar para ele (Bolsonaro) e ajustar o timing", disse Onyx. Em seguida, ele negou que a ideia seja usar o texto de Temer e fazer adaptações, como disse o vice Hamilton Mourão e o ministro de Secretaria-geral, Gustavo Bebianno.

O ministro da Casa Civil recém-empossado, Onyx Lorenzoni,se atrapalhou ao falar da reforma previdenciária. Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão

Ao ser questionado se um novo texto, diferente da proposta de Temer, que já está em tramitação, levaria a tramitação à estaca zero e impediria a aprovação no primeiro semestre, Onyx respondeu que o que o governo vai fazer "não está definido, então não adianta ficar especulando. "Primeiro tem que decidir o que vamos apresentar. Arrumar o que está aí e preparar e apresentar reforma para frente." Questionado sobre MP que poderia alterar o auxílio-reclusão de presos, Onyx desconversou. "Todas as questões que envolvem a previdência já estão bastante amadurecidas pela equipe técnica deveremos marcar com ele dia 3 uma apresentação onde vai conhecer tudo o que preparamos e aí vai decidir como vamos fazer e vamos combinar ainda dentro do mês de janeiro." Onyx contou que haverá uma reunião ministerial com Bolsonaro na próxima quinta-feira (3) para tratar de definições do futuro governo. Segundo ele, as primeiras conversas serão sobre simplificação da máquina pública, para só então tratar de temas como o preço do diesel, salário mínimo e reforma da Previdência. Como é de praxe, Onyx frisou que a palavra final de todas as decisões será do presidente. Apesar do futuro secretário de assuntos jurídicos ter afirmado hoje que seria editado um decreto ainda nesta terça para fixar o salário mínimo em R$ 998, Onyx disse que "o mínimo não vai sair nem hoje nem amanhã". "Eu falei com (o ministro da Economia) Paulo Guedes e não vai sair nada nem hoje e nem amanhã. Qual é o problema sair dia 3, dia 4, dia 5? Estão vendo as coisas", declarou.

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