O escritor russo Solzhenitsyn, talvez uma das pessoas que mais tenha sentido na pele o que é viver sem a liberdade de expressão, ensinava que “só há uma escolha: estar à altura da tarefa da época.”
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É o caso que estamos vivendo hoje com as decisões estapafúrdias do ministro Alexandre de Moraes.
Ele está promovendo uma campanha debaixo da pior censura imposta à imprensa desde o AI-5 do regime militar.
A liberdade de expressão individual foi liquidada nas redes sociais.
Suas decisões teratológicas ignoraram a vontade e a decisão dos legisladores quando confeccionaram a nossa Constituição.
É preciso dar uma basta nisso!
É importante lembrar que o mal, como vem sendo praticado pelo ministro, sempre se aproveita da ambiguidade.
Ah, o silêncio vale ouro. Só que, no entanto, é o tipo certo de silêncio.
Mas o silêncio diante de muitas das causas persistentes e inconstitucionais exaladas pelo ministro não é sábio nem bom para a sociedade brasileira.
Em qual arcabouço jurídico o ministro se baseou, por exemplo, para bloquear as contas da Starlink, uma empresa totalmente distinta do X?
Hoje, fazendas nos rincões do Brasil ou em uma tragédia como no RS, a Starlink fornece o único meio de comunicação nesses lugares.
O fato desse milagre estar disponível para mais e mais pessoas é motivo de enorme celebração.
A introdução da Internet trouxe acesso sem precedentes às informações para o mundo.
Imagine para um produtor rural, em uma área de fronteira agrícola, a importância de saber o preço do seu produto on-line na Bolsa de Chicago ou treinar seus colaboradores com os melhores especialistas por vídeo.
Manuais de maquinas agrícolas são facilmente acessíveis em formato digital.
É indescritível o impacto dessa tecnologia no Agro, mormente nas regiões mais longínquas.
Consegue imaginar se esse serviço for bloqueado em algum momento?
Como podemos ensinar às futuras gerações o que é errado, se a ideia de responsabilidade criminal está repleta de exceções.
O ministro precisa responder por estas manifestações que não encontram amparo em nossa legislação, dentre muitas outras que vem implementando.
Aliás, quem acha que esse negócio do Supremo Tribunal Federal é besteira, um dia vai ter o seu negócio regulamentado, taxado e fiscalizado por gente que acha que “esse negócio de lucro é roubo”...
Até quando, Senado Federal!