PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Alexandre manda derrubar perfis de Monark após influenciador falar em ‘manipulação’ da eleição

Restrição imposta por ministro do STF vale para contas no Instagram, Rumble, Telegram, Twitter e YouTube e prevê multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento pelas plataformas

Por Rayssa Motta
Atualização:
Monark chegou ao Rumble em março de 2022, como uma das principais atrações do lançamento da rede no Brasil, após ser demitido do podcast Flow. Foto: Reprodução 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou bloquear os perfis do influenciador Bruno Aiub, o Monark, nas redes sociais. A ordem vale para as contas no Instagram, Rumble, Telegram, Twitter e YouTube.

DOCUMENTO: LEIA TODA A DECISÃO

PUBLICIDADE

A decisão foi tomada na investigação sobre o papel de autoridades nos atos golpistas do dia 8 de janeiro.

O bloqueio foi determinado a partir de um alerta do setor de enfrentamento à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O ofício encaminhado pela Corte Eleitoral ao STF menciona uma entrevista do influenciador com o deputado bolsonarista Filipe Barros (PL-PR) no Rumble. De acordo com o TSE, foram ‘difundidas notícias falsas sobre a integridade das instituições eleitorais’.

“A gente vê o TSE censurando gente, a gente vê o Alexandre de Moraes prendendo pessoas, você vê um monte de coisa acontecendo, e ao mesmo tempo eles impedindo a transparência das urnas?”, questiona o influenciador na entrevista. “Qual é o interesse? Manipular as urnas? Manipular as eleições?”

Publicidade

Moraes deu duas horas para as plataformas tirarem os perfis do ar. A multa em caso de descumprimento é de R$ 100 mil por dia.

O ministro argumentou que a medida é necessária para interromper a divulgação de ‘discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática’.

“O papel dos instigadores dos atos, especialmente nas redes socais, não é circunstância de menor relevância, ficando claro que os referidos meios de comunicação são parte essencial da empreitada criminosa que resultou nos estarrecedores atos testemunhados no dia 8/1/2023″, diz um trecho da decisão.

O ministro também avisou que Monark não pode publicar, promover, replicar ou compartilhar fake news e, se descumprir a decisão, será multado em R$ 10 mil por dia.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.