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Aliado de operador do PSDB foi preso por pesquisa sobre bens de colaboradoras da Lava Jato

Defesa de José Geraldo Casas Vilela, ex-chefe do Departamento de Assentamentos da Dersa, fez pesquisas sobre evolução patrimonial das irmãs Mércia e Marcia Gomes, acusadas na mesma ação aberta contra o engenheiro Paulo Vieira de Souza, dos governos Serra e Alckmin

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Atualização:

Reprodução Foto: Estadão

O ex-chefe do Departamento de Assentamentos da Dersa José Geraldo Casas Vilela, aliado do ex-diretor da companhia Paulo Vieira de Souza - apontado como operador do PSDB nos governos José Serra e Geraldo Alckmin -, foi preso nesta quarta-feira, 30, por causa de uma pesquisa sobre a evolução patrimonial de duas colaboradoras da força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo, as irmãs Mércia e Marcia Gomes.

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Casas Vilela e Vieira de Souza foram presos por ordem da juíza Maria Isabel do Prado, da 5.ª Vara Federal Criminal da Capital. Os dois já haviam sido presos no dia 6 de abril, mas o ministro Gilmar Mendes, do Supremo, no último dia 11, deu habeas corpus aos acusados e eles foram soltos.

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Reprodução Foto: Estadão

A nova ordem de prisão contra o ex-chefe de Assentamentos e Vieira de Souza indica que os dois estariam intimidando as irmãs Mércia e Marcia Gomes, que são acusadas na mesma ação sobre supostos desvios de R$ 7,7 milhões da Dersa entre 2009 e 2011. Elas se tornaram colaboradoras da Lava Jato.

Ao mandar prender Casas Vilela, a magistrada destacou que o escritório da defesa dele fez pesquisas sobre as colaboradoras, por meio de sistema do SPC/SERASA, destinado à análise entre empresas e clientes, ou entre contratantes para celebração de negócio, 'o que, conforme afirmado pela defesa das rés, jamais ocorreu entre elas e o escritório'.

"Não obstante as rés estivessem devidamente qualificadas na denúncia e se fosse de amplo conhecimento das partes o temor que as aflige, as medidas que estão adotando e solicitando ao juízo para preservação de seus dados e endereços atuais, foi realizada consulta por meio de sistema restrito, sem qualquer justificativa apresentada pelo escritório até o momento", assinalou a magistrada.

Maria Isabel do Prado observou que 'embora lícita a consulta realizada, tal evento, diante das circunstâncias do caso e considerando que é dever profissional dos advogados atender o interesse de seus clientes, revela o flagrante de conduta voltada para a busca de novos endereços ou dados específicos das rés-colaboradoras intimidadas, reforçando os indícios da prática da coação e intimidação pelo réu José Geraldo Casas Vilela, em prejuízo da instrução criminal'.

COM A PALAVRA, A DEFESA DE CASAS VILELA

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A reportagem está tentando contato com a defesa. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, A DEFESA DE PAULO VIEIRA DE SOUZA

A reportagem fez contato com o advogado José Roberto Santoro, defensor do ex-diretor da Dersa. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, GERALDO ALCKMIN

Em seu primeiro ano de mandato, em 2011, Geraldo Alckmin determinou a implantação de uma política de governança na DERSA, o que incluiu a estruturação do Departamento de Auditoria Interna que, desde então, realizou investigações que desvendaram e confirmaram desvios e fraudes. Essas investigações internas ampararam o trabalho do Ministério Público Estadual e, posteriormente, do MPF. O governo Geraldo Alckmin sempre foi intolerante com qualquer desvio de conduta. Tanto que nenhum dos pagamentos apontados como irregulares resultaram de decisões tomadas em seu governo. Todos ocorreram entre 2009 e 2010 e os de 2011 referem-se a saldos residuais liberados na gestão anterior.

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