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Lista de candidatos à PGR tem nomes que Bolsonaro preteriu e ex-chefe da Lava Jato de Aras

Associação Nacional dos Procuradores da República divulgou relação de subprocuradores que almejam integrar a lista tríplice que a categoria pretende submeter ao crivo de Lula: José Adonis Callou de Araújo Sá, Luiza Cristina Frischeisen e Mário Luiz Bonsaglia

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Por Pepita Ortega
Os subprocuradores da República que se candidataram a compor a lista tríplice para suceder Augusto Aras. 

A Associação Nacional dos Procuradores da República anunciou os nomes dos subprocuradores-gerais da República que se inscreveram na eleição da lista tríplice para sucessão do procurador-geral da República Augusto Aras. Vão concorrer ao pleito interno da classe José Adonis Callou de Araújo Sá, Luiza Cristina Frischeisen e Mario Luiz Bonsaglia.

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Luiza Frischeisen e Mario Bonsaglia já ocuparam o primeiro lugar de listas tríplices encaminhadas à Presidência da República. Luiza foi a primeira escolha da classe em eleição realizada em 2021. Bonsaglia, em 2019. No entanto, em ambos os anos, acabaram preteridos - o então presidente Jair Bolsonaro ignorou a indicação dos procuradores e colocou Augusto Aras na PGR.

O subprocurador José Adonis Callou de Araújo Sá chegou a compor a equipe de Aras na PGR como coordenador do grupo de trabalho que atua nos casos da Operação Lava Jato junto ao Supremo Tribunal Federal. No entanto, ele renunciou ao cargo poucos meses após assumir a função. Quem assumiu a cadeira foi Lindôra Araújo, hoje vice-procuradora-geral da República.

A lista tríplice é uma relação de nomes encaminhada pela ANPR ao presidente da República, a cada dois anos, para subsidiar a escolha do PGR. A relação é elaborada a partir de uma eleição interna da classe.

Neste ano, os candidatos terão até o dia 20 de junho para fazer campanha. Além disso, a Associação Nacional dos Procuradores da República vai definir uma data para realizar um debate entre os subprocuradores. A eleição será no dia 21 de junho, quando será anunciado o primeiro colocado da lista.

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Não é obrigatório que o chefe do Executivo escolha um dos nomes apontados, mas a escolha por um dos nomes sugeridos pelos procuradores foi tradição até 2019, quando Jair Bolsonaro indicou Aras - fora da lista - ao cargo máximo do Ministério Público Federal.

A ANPR elaborou a lista tríplice, pela primeira vez, em 2001. Foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que inaugurou, em 2003, a tradição de escolher o primeiro nome indicado pela classe para chefiar o Ministério Público Federal. Em 2017, o então presidente Temer escolheu a segunda colocada da lista, Raquel Dodge. Com Bolsonaro, a tradição foi quebrada.

Em seu terceiro mandato, Lula já indicou não ter o compromisso com a escolha de um dos nomes da lista a ser formada neste ano.

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