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Opinião|Compreender sobre como vivenciar o luto pode ajudar a controlar o sofrimento da perda

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Todos os anos, o Dia de Finados, 2 de novembro, é representado por homenagens àqueles que partiram, seja em cemitérios, redes sociais, ou em casa, lembrando do ente que deixou saudade. Tem também quem evite pensar para não sentir ou demonstrar fraqueza. Cada um lida de uma maneira diferente com esse momento de finalização de ciclo, que está presente em várias situações ao longo de nossa vida, seja pela morte, término de um relacionamento, mudança de cidade, entre outras.

Renata Fornari Foto: Daniel Chiesa da Silva

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Falar abertamente sobre o assunto e vivenciar os sentimentos que ele traz é fundamental para que isso não se torne algo pior. Na nossa cultura, não temos o costume de conversar sobre finalizações de ciclos e uma coisa muito importante é que as pessoas se permitam sentir seus sentimentos humanos.

Um dos best sellers de Louise Hay, “Você Pode Curar Seu Coração”, escrito em coautoria com o psicoterapeuta norte-americano David Kessler, especializado em luto, aborda de forma muito leve alguns tópicos importantes para passar por esse momento, eles conseguem trazer esse tema como uma conversa entre eles. Uma coisa que o David Kessler explica é que os primeiros 12 meses são os mais difíceis, pois é quando passamos as primeiras datas importantes sem a pessoa que amamos, como aniversário, Natal, Reveillon, etc.

Principalmente nesse primeiro ano, é fundamental nos permitirmos viver a dor, pois para muitos, esconder e conter a tristeza e o choro pode ser sinal de força, mas na verdade, mascarar esses sentimentos apenas fazem com que eles se perpetuem e intensifiquem. É preciso colocar para fora para que essas emoções não nos paralisem e se transformem em depressão. O sofrimento faz parte da natureza humana e temos que dar vazão a ele.

As consequências da depressão, de acordo com a metodologia da Louise Hay, é o acúmulo da raiva que não conseguimos lidar no passado e ela gera outros problemas que agravam, inclusive fisicamente a situação.

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Claro, não significa que vamos nos descontrolar e chorar a qualquer hora, por exemplo desabar no meio de uma reunião, mas num momento de intimidade é necessário deixar a dor sair e transbordar. Os sentimentos, como o nome diz, são para ser sentidos, sejam aqueles que nos fazem felizes ou os que nos causam angústias, e todos existem por algum motivo. Acolhê-los e entendê-los é a melhor forma de evoluirmos como seres humanos.

Além de prevenir problemas maiores, extravasar as emoções também permite que elas sejam transmutadas, pois quando deixamos essas emoções virem à tona, o tempo se encarrega de amenizar a dor e a transforma em saudade. Dessa forma, quem partiu estará sempre presente em boas lembranças.

*Renata Fornari, especialista em autoconhecimento

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