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Lava Jato faz buscas no gabinete e no apartamento do presidente do PP

Agentes da Polícia Federal agem no gabinete de Ciro Nogueira (na foto) e do deputado Eduardo da Fonte por ordem do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo

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Foto do author Andreza Matais
Por Andreza Matais, Fábio Serapião/BRASÍLIA e Luiz Fernando Teixeira
Atualização:

FOTO Lia de Paula / Agência Senado  

A Polícia Federal (PF) cumpre mandados em Brasília, nesta terça-feira (24), na Câmara dos Deputados e no Senado. Os alvos são o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e o deputado Eduardo da Fonte, o Dudu da Fonte (PP-PE). Os mandados foram autorizados pelo ministro Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato.

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As buscas são em uma investigação que apura suposta obstrução de Justiça praticada por integrantes do PP. Os parlamentares teriam atuado para evitar que um ex-assessor colaborasse com as investigações em andamento no STF.

A PF comunicou aos presidentes da Câmara e do Senado para entrar nas Casas. Também é cumprido um mandado de prisão contra um ex-deputado, Márcio Junqueira.

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Os parlamentares são investigados por suposta prática de associação criminosa (artigo 2.º da Lei 12.850/2013) com outros integrantes do PP em Brasília: Aguinaldo Ribeiro, Arthur Lira, Benedito de Lira, José Otávio Germano, Luiz Fernando Faria e Nelson Meurer.

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De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal em setembro de 2017, os parlamentares seriam integrantes do núcleo político de uma organização criminosa voltada ao cometimento de delitos contra a Câmara dos Deputados, entre outros, visando 'a arrecadação de propina por meio da utilização de diversos órgãos públicos da administração pública direta e indireta'.

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Em uma investigação decorrente, Fachin deferiu pedido da Procuradoria-Geral da República de arquivamento dos autos com relação a Simão Sessim, Roberto Balestra, Jerônimo Goergen, Eduardo da Fonte, Aguinaldo Ribeiro, Mario Negromonte Júnior e Waldir Maranhão.

COM A PALAVRA,  A DEFESA DO SENADOR CIRO NOGUEIRA

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O criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, se manifestou pelo senador. "A defesa do senador Ciro Nogueira está acompanhando as buscas que estão sendo realizadas na residência e no gabinete do senador. Esclarece a defesa que o senador se encontra fora do Brasil, não sabendo em qual país e que não foi possível ainda falar com ele. Desconhece a defesa, até o presente momento, as razões da determinação judicial do Ministro Fachin. É certo que o senador sempre se colocou à disposição do Poder Judiciário, prestando depoimentos sempre que necessário e, inclusive, já foi alvo de busca e apreensão. Continuará a agir o senador como o principal interessado no esclarecimento dos fatos. No momento, a defesa aguarda contato com o senador para poder ter o necessário instrumento de poderes que dará direito ao acesso aos fundamentos da medida de busca e apreensão."

COM A PALAVRA, DUDU DA FONTE

O deputado Eduardo da Fonte disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que "confia na Justiça e em Deus". "Estou à disposição da Justiça sempre", afirmou.

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