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O que o Brasil pode aprender com Israel, a nação empreendedora?

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Por Renato Ochman
Atualização:
Renato Ochman. Foto: Eliana Assumpção

O sucesso de Israel em empreendedorismo e inovac?a?o deve servir de inspirac?a?o para o nosso país. Apesar de ter um território equivalente a menos de 0,5% do Brasil em extensão e uma população de cerca de 9 milhões de habitantes, Israel tem consistentemente apresentado um ambiente mais favorável para negócios. No último Relatório de Competitividade Global, Israel aparece na 20ª posição, 51 posições acima do Brasil.

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Israel desenvolveu um ecossistema empreendedor forte, sendo o país que mais investe em pesquisa e desenvolvimento - 4,3% do PIB - e disseminou uma cultura empreendedora robusta, com elevados percentuais de aceitação de fracasso e empresas abertas à mudança e taxas rápidas de crescimento para empresas inovadoras. Tudo isso é apoiado por uma força de trabalho altamente educada com 13 anos de escolaridade.

Atualmente existem mais de 300 empresas israelenses fazendo negócios direta ou indiretamente com o Brasil e a balança comercial entre os dois países vem se intensificando cada vez mais. A soma do comércio entre Brasil e Israel teve um grande crescimento em 2022, passando de US$ 1.5 bi para US$ 3.5 bi ao ano. Sem contar os negócios ligados a tecnologia, que não passam pela balança.

O Brasil pode aumentar seus negócios com Israel, e isso é parte da nossa missão e é justamente com a proposta de propiciar uma imersão no ecossistema empreendedor israelense, que a Câmara Brasil- Israel (BRIL Chamber) realiza regularmente missões empresariais a Israel, reunindo importantes players da iniciativa privada, startups inovadoras em novos segmentos e fundos de Venture Capital, de forma gerar negócios entre os dois países.

Existe uma para?bola sobre concorre?ncia num livro baseado no Talmude. Quando um disci?pulo foi se queixar ao rabino Meir Premishlan, um dos gran- des sa?bios hassi?dicos do se?culo 19, sobre concorre?ncia, ouviu: "Ja? notastes que um cavalo ao ser levado para beber a?gua numa poc?a comec?a a bater os cascos furiosamente e somente bebe quando a a?gua esta? lamacenta e menos saborosa? Ele faz isso porque acha que outro cavalo veio beber a sua a?gua, batendo ate? 'expulsar' o outro, o que ele na?o entende e? que Deus criou a?gua suficiente para todos".

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É fundamental entender que há água para todos. Precisamos estimular novos negócios e parcerias e unir governos e empresários para beber água mais limpa e em abundância, sem restrições de fronteiras ou preconceitos ideológicos.

*Renato Ochman, presidente da Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria (BRIL Chamber)

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