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PF indicia 14 por rombo de R$ 5,1 bi

Relatório conclusivo da Operação Rosa dos Ventos aponta quatro líderes de suposta organização criminosa que atua desde '1996 usando empresas de fachada para comercializar combustíveis, notadamente álcool, sem o pagamento dos tributos devidos'

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Por Ricardo Brandt e Luiz Vassallo
Atualização:
 

A Polícia Federal indiciou 14 por organização criminosa em razão de suposto rombo de R$ 5 bilhões na arrecadação de impostos no âmbito da Operação Rosa dos Ventos, que investiga fraudes na distribuição de combustíveis com práticas de lavagem de dinheiro e falsificação de títulos públicos.

+ Justiça decreta preventiva de 5 da Rosa dos Ventos por sonegação de R$ 3 bi

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ROMBO DE r$ 5 BI

A Rosa dos Ventos foi deflagrada em agosto. O início das investigações partiu de um inquérito instaurado em 2013, após fiscalização da Receita constatar sonegação fiscal em uma distribuidora de combustíveis de Paulínia (SP). Ao longo da investigação, a PF apurou que  as distribuidoras de combustível eram registradas em nome de sócios-laranja e que não recolhiam os tributos que incidem sobre a atividade.

 

O esquema de fraudes fiscais na comercialização de combustíveis usava empresas chamadas de "barrigas de aluguel" para sonegar impostos e majorar os lucros com a venda de álcool.

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Onze firmas registradas em nome de "laranjas" foram identificadas - com um rombo de R$ 3 bilhões - e outras estão sob suspeita.

Segundo o relatório, subscrito pelo delegado Victor Hugo Rodrigues Alves Ferreira, as 'provas reunidas ao longo da investigação comprovaram que Miceno Rossi Neto, Cláudia Martins Borba, Adriano Rossi e Sidônio Vilela Gouveia, com o apoio de advogados, contadores, gerentes e laranjas, atuam desde 1996 usando empresas de fachada para comercializar combustíveis, notadamente álcool, sem o pagamento dos tributos devidos, o que gerou grande lucro aos fraudadores e um prejuízo de mais de 5 bilhões de reais ao fisco'.

A reportagem não localizou as defesas de Miceno Rossi Neto, Cláudia Martins Borba, Adriano Rossi e Sidônio Vilela Gouveia, apontados como líderes da suposta organização criminosa. Em depoimento durante o inquérito, eles negaram irregularidades.

 

 

 

 

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