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Promotoria prende auditores da Fazenda do Rio por propinas

Além dos três auditores fiscais detidos, outros quatro integrantes da quadrilha foram denunciados; a Operação Leonis, cumpre ainda sete mandados de busca e apreensão

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Por Pepita Ortega
Atualização:

Relógios apreendidos na casa de Jorge Cerqueira de Andrade durante a Operação Leonis. Foto: Polícia Federal

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio de Janeiro, prendeu na manhã desta terça feira, 02, três auditores fiscais suspeitos de integrar uma organização criminosa que atuava na Inspetoria Regional da Secretaria de Estado de Fazenda, em Bonsucesso.

Jorge Cerqueira de Andrade, Cláudio França Rocha e Alexandro Santiago Oliveira são investigados por cobrarem propinas de empresários para arquivar procedimentos fiscais. Os suspeitos foram detidos preventivamente por integrarem organização criminosa e pelos crimes de corrupção e usurpação de função pública.

R$ 12 mil em dinheiro apreendidos na casa de Jorge Cerqueira de Andrade durante a Operação Leonis. Foto: Polícia Federal

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Realizada em conjunto com a Polícia Civil e a Corregedoria Tributária da Secretaria de Estado da Fazenda do Rio de Janeiro, a Operação Leonis, cumpre ainda, nas residências dos denunciados, sete mandados de busca e apreensão deferidos pela 27ª Vara Criminal.

Foram apreendidos R$ 12 mil em dinheiro, relógios e quadros na casa de Jorge. Na residência de Alexandro foi encontrado um cartão de entrada para o prédio da Secretaria de Estado de Fazenda.

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cartão de entrada para o prédio da Secretaria de Estado de Fazenda encontrado na casa de Alexandro Santiago Oliveira durante a Operação Leonis. Foto: Polícia Federal

De acordo com a denúncia, Jorge Cerqueira de Andrade, auditor fiscal da Receita Estadual, intimava empresários que se encontravam em situação irregular e exigia o pagamento de propina para dispensá-los da cobrança de tributos e multas.

Pagas as gratificações, Cláudio França Rocha, auditor-chefe da inspetoria na época, arquivava o procedimentos fiscais.

Os dois auditores contavam com a ajuda de Alexandro Santiago Oliveira, que não era servidor público mas trabalhava diariamente na inspetoria como auditor. Ele intermediava o pagamento das propinas à organização criminosa.

Operação Leonis. Foto: Polícia Federal

A quadrilha era integrada ainda por Wagner Luiz Cardoso, auxiliar de Fazenda na Inspetoria de Bonsucesso, e Cláudia Regina Santana da Silva.

Hélio Cezar Donin Junior e Ricardo Abrão Almeida, colaboradores da Donin Contabilidade Ltda, também foram denunciados. Ajustados com Jorge, os contadores convenciam seus clientes a pagar a propina ao auditor.

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A Justiça proibiu que os denunciados continuassem a exercer suas atividades profissionais. Todos tiveram seus bens confiscados para garantir o pagamento da multa e da reparação do dano.

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