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Quem é Paulo Gonet, o subprocurador escolhido por Lula para comandar o MPF

Constitucionalista é tido por seu pares como conservador, religioso, ponderado e conciliador

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Por Pepita Ortega
Atualização:

O subprocurador-geral da República Paulo Gonet, 62 anos, que assume nesta segunda-feira, 18, o cargo de procurador-geral da República é um constitucionalista tido por seu pares como conservador, religioso, ponderado e conciliador. Gosta de caminhar e os amigos brincam que é um ‘glutão’ - aprecia uma boa comida.

Ele foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 27 de novembro para assumir o cargo. Antes, foi recebido pelo presidente no Palácio da Alvorada.

Paulo Gustavo Gonet Branco, nome preferido de Lula para assumir a PGR Foto: Alejandro Zambrana/TSE

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Gonet integra os quadros do Ministério Público Federal desde 1987, foi sócio do ministro Gilmar Mendes no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e hoje é vice-procurador-eleitoral, tendo atuado nas ações que levaram à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Se o nome hoje passou a ser o favorito do petista, também já teve sua indicação avaliada por Bolsonaro em 2019.

Gonet chegou se reunir com o ex-presidente à época, ocasião na qual Bolsonaro indicou que queria um PGR alinhado ao seu governo. A escolha foi pelo nome de Augusto Aras.

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Integrantes do MPF ouvidos reservadamente pelo Estadão apontam similaridades entre o perfil de trabalho de Gonet e do ex-PGR, com um perfil considerado mais clássico, de atuação parecerística e mais reativa e processual. De outro lado, anteveem um possível mudança em razão do perfil pessoal do subprocurador, considerado muito acessível, conciliador e de facilidade no trato.

Colegas de trabalho de Gonet o descrevem como um homem com ‘sentido de família’, educado e reservado. É tido como conservador - em especial diante de pautas de costumes, em razão de uma religiosidade. De outro lado, um procurador próximo do vice-PGR ressalva que Gonet é sensível a questões sociais, ambientais e de direitos humanos, ‘consciente de seu papel como operador de direito’.

Nos bastidores do MPF, é esperado, caso confirmada a indicação de Gonet à PGR, que seja dada continuidade ao ‘momento interno de muito diálogo’ no órgão. Desde a saída de Aras da PGR, o órgão é chefiado por Elizeta Ramos e vive um período de `transição’.

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