O relator da Operação Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, João Pedro Gebran Neto, negou correição movida pela defesa do ex-presidente Lula contra decisão do juiz federal Sérgio Moro que mandou estender uma perícia em curso a um material enviado pela Suíça relativo ao sistema de propina da Odebrecht.
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'adequada a decisão'Os arquivos foram extraídos da contabilidade informal do grupo e serão analisados na ação penal em que o ex-presidente Lula é réu por corrupção e lavagem de dinheiro.
Lula é réu em ação penal por supostas propinas de R$ 12,5 milhões da Odebrecht.
Do total das vantagens indevidas, um apartamento no condomínio Hill House, em São Bernardo do Campo (Grande ABC) representa R$ 504 mil. Outra parte seria relativa a um terreno que a Odebrecht teria adquirido supostamente em benefício do ex-presidente e localizado em São Paulo, pelo valor de R$ 12 milhões.
Delatores da Odebrecht alegam que o imóvel seria destinado à sede do Instituto Lula.
A defesa do petista contestou a extensão da perícia. O advogado Cristiano Zanin Martins alegou que 'o material seria prova nova' e que 'não haveria autorização expressa das autoridades suíças para utilização do material para instrução' neste processo.
"Em exame liminar, portanto, vejo como adequada a premissa que orientou a realização de perícia em material complementar, recebido em acordo de cooperação internacional", anotou Gebran.
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