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Segovia foi nomeado com a missão de desacreditar as investigações, diz Janot

Em entrevista à Reuters, ex-procurador-geral afirmou que 'não sabe dizer se uma pessoa próxima de acusados e investigados deveria ser permitida de estar à frente da PF'

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Por Redação
Atualização:

Rodrigo Janot. Foto: Reprodução do Twitter

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot criticou nesta sexta-feira, 1, em entrevista à agência Reuters, o diretor-geral da PF Fernando Segovia, escolhido pelo presidente Michel Temer.

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"Pelas declarações que ele (Segovia) tem feito, parece que foi nomeado com a missão de desacreditar as investigações', afirmou Janot.

O ex-procurador-geral ainda diz que 'não sabe dizer se uma pessoa próxima de investigados e denunciados deveria ser autorizada a chefiar uma instituição do tamanho e da importância da Polícia Federal'.

Segovia é próximo do ex-presidente José Sarney.

Mala preta. Essa não é a primeira vez que o ex-procurador dispara flechadas contra Segovia. Os ataques começaram logo na posse do diretor-geral, que, depois de se  dizer lisonjeado com a presença de Temer, ainda questionou a materialidade das provas usadas em denúncia contra o presidente.

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"Uma única mala talvez não desse toda a materialidade criminosa que a gente necessitaria para resolver se havia ou não crime, quem seriam os partícipes e se haveria ou não corrupção", declarou o diretor da PF, referindo-se à mala estufada com 10 mil notas de R$ 50, somando R$ 500 mil em propinas da JBS.

Naquele dia, Janot questionou se Segovia estaria falando 'por ordem de alguém'.

Na última quarta-feira, 29, em São Paulo, Janot disse que 'só pode ser brincadeira' o que disse o diretor da PF sobre a mala.

Em entrevista à Reuters, Janot afirmou que o novo diretor da PF foi nomeado para 'tirar o foco das investigações'.

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