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Bolsonaro domina 7 de Setembro e presidenciáveis tentam ‘resgatar’ verde e amarelo

Ciro Gomes e Simone Tebet marcaram agendas alusivas à data, enquanto Soraya Thronicke gravou comercial em referência ao Dia da Independência e Lula reforçou as cores nacionais em eventos de campanha

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Foto do author Pedro  Venceslau
Atualização:

Com as principais festividades do 7 de Setembro dominadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), os demais candidatos ao Palácio do Planalto buscam formas de se conectar com a data e “resgatar” a bandeira brasileira, enquanto reforçam a mensagem em defesa da democracia. Integrantes das campanhas traçaram estratégias já que não têm a mesma força de mobilização para disputar as ruas com o bolsonarismo durante as comemorações do bicentenário da Independência.

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O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e a senadora Simone Tebet (MDB-MS) marcaram agendas alusivas à data nesta quarta-feira, 7. O pedetista vai passar o dia em Ouro Preto (MG), base da Inconfidência Mineira, e a senadora visitará uma fazenda em Jaguariúna, no interior de São Paulo, por onde passou dom Pedro I e onde morou a primeira deputada eleita do Brasil.

Simone Tebet também gravou um comercial para o horário eleitoral gratuito com a bandeira do Brasil. “Essa bandeira não tem partido. Essa bandeira não tem dono. Essa bandeira é de todos nós”, disse a candidata emedebista.

Na mesma linha, a candidata do União Brasil, senadora Soraya Thronicke (MS), gravou comercial alusivo ao Dia da Independência na propaganda eleitoral gratuita com o mote: “A favor da Democracia e contra golpes; contra o ódio e a favor da paz e da união”.

“Importante sempre lembrarmos que as datas oficiais, os símbolos nacionais, o território e as instituições pertencem a todos os brasileiros, independentemente de ideologia política”, disse Soraya.

Lula

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo aliados do presidente, já “precificou” o feriado da Independência e abriu mão de fazer grandes atos de ruas na quarta-feira, mas os marqueteiros do ex-presidente reforçaram a presença da bandeira e das cores nacionais nos eventos de campanha petistas.

“O Bolsonaro sequestrou a bandeira, como fez o Fernando Collor em 1989. Deveria ser proibido que a bandeira seja usada como símbolo de um partido. O presidente reduziu o 7 de setembro a um ato partidário”, disse o deputado estadual Emídio de Souza (PT-SP).

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“A bandeira do Brasil hoje é mais ideologicamente identificada com eles (bolsonarismo), mas a militância do campo progressista está se reapropriando dela”, completou o advogado Marco Aurélio Carvalho, um dos coordenadores do grupo Prerrogativas e aliado próximo de Lula.

Integrantes dos comitês de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (UB) estão também acompanhando as movimentações do bolsonarismo nas redes enquanto se preparam para responder com rapidez a eventuais falas ou gestos golpistas. A avaliação é que se o ex-presidente subir o tom de suas falas e atacar as instituições, a reação da sociedade será forte.

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