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Bolsonaro se manifesta sobre assassinato de Dom e Bruno: ‘Nossos sentimentos’

Postagem do presidente é feita em resposta a nota de pesar divulgada pela Funai

Foto do author Eduardo Gayer
Por Eduardo Gayer
Atualização:

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro se manifestou pela primeira vez sobre a confirmação dos assassinatos do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira na Amazônia. “Nossos sentimentos aos familiares e que Deus conforte o coração de todos!”, escreveu o presidente.

A postagem, no entanto, foi feita em resposta à nota de pesar emitida pela Funai sobre as mortes – não se trata, portanto, de uma publicação à parte na rede social. Mais cedo, já com o crime confirmado, Bolsonaro chegou a anunciar no Twitter redução de imposto de vídeo game.

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Nesta quarta-feira, 15, antes de a Polícia Federal dizer que o até então principal suspeito pelos assassinatos confessou o ato, o presidente declarou em entrevista que, se os dois tivessem sido mortos, estariam embaixo da água. “Peixe come. Não sei se tem piranha”, afirmou em entrevista a um canal no YouTube.

Bolsonaro também tinha dito que Dom seria “malvisto” na região do Vale do Javari. “Esse inglês era malvisto na região, fazia muita matéria contra garimpeiros, questão ambiental. Então, naquela região bastante isolada, muita gente não gostava dele. Deveria ter segurança mais que redobrada consigo próprio”, afirmou o presidente ao canal da jornalista Leda Nagle no YouTube.”

Ao se pronunciar pela primeira vez sobre o caso, Bolsonaro já havia definido a expedição do jornalista e do indigenista como “aventura”. Ele também definiu a viagem do jornalista, que preparava um livro sobre o local, como “excursão”.

Os corpos de Dom e Bruno estão sendo transportados nesta quinta-feira, 16, de Manaus para Brasília, onde serão feitos os exames necessários para verificar a identidade e a causa da morte. Enquanto aguarda o resultado da perícia, a Polícia Federal (PF) ampliou o rol de suspeitos de participação no assassinato.

Até o momento, estão presos Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos. A corporação não descarta novas prisões.

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